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    Tecnologias vestíveis ganham toque "fashion"

    MOLLY WOOD
    DO "NEW YORK TIMES"

    01/04/2014 03h30

    Os dispositivos eletrônicos vestíveis –com frequência uma representação desinteressante da função em detrimento da forma– finalmente estão passando por uma transformação radical a cargo da indústria da moda.

    A Fitbit, que detém as marcas Fitbit One e Flex, fez uma parceria com a designer Tory Burch para produzir novos rastreadores que parecem joias. Em janeiro, a Intel lançou um concurso de design vestível envolvendo um prêmio de US$ 1,25 milhão. Além disso, algumas empresas já estão comercializando dispositivos vestíveis que parecem acessórios de bom gosto.

    O kit básico do rastreador Shine, da Misfit Wearables, vem com um pequeno disco de alumínio, um grampo magnético para prendê-lo na roupa ou nos calçados e uma pulseira de borracha preta. Mas há outros acessórios para carregar o disco, como uma pulseira de couro e um colar.

    Sonny Vu, da Misfit, disse que sua equipe passou meses pesquisando tecnologia vestível. Tanto homens quanto mulheres não queriam fixar aparelhos em seus tênis quando não estivessem pedalando ou correndo, disse ele, pois "seus calçados são a base de seu estilo". Muitas mulheres também disseram que não usariam uma pulseira porque ela deixa marcas indesejáveis no bronzeamento.

    "Se pensarmos apenas no pulso limitaremos nossa imaginação", comentou Vu. "Dá para fazer muitas coisas para o pulso, mas há um número limitado de pessoas que as usarão."

    O pulso foi o primeiro lugar no qual dispositivos vestíveis ganharam destaque. A Nike+ FuelBand lançada pela Nike em 2012 desencadeou uma tendência por produtos voltados para o pulso que culminou nos smartwatches, uma ideia que teve graus variados de fracasso desde os anos 1980.

    Divulgação
    Pulseiras inteligentes FitBit Flex, em cinco cores diferentes
    Pulseiras inteligentes da FitBit; empresa fez parceria com designer para gadgets similares a joias

    Os primeiros rastreadores de atividades esportivas eram grampos usados em um cinto ou presos em um top esportivo ou em um bolso. Quando empresas como a Jawbone e a Nike lançaram pulseiras inteligentes como Up e FuelBand, a Fitbit disse que seus clientes começaram a pedir faixas para os pulsos além de grampos.

    "O pulso tem vantagens e desvantagens", disse James Park, diretor da Fitbit. "O lado bom é que, se você coloca uma faixa ali ou algum outro aparelho, você não precisará tirá-lo e não o esquecerá. Mas é bem mais difícil registrar coisas como movimento, passos, calorias queimadas."

    Alguns exercícios não são registrados por rastreadores usados no pulso. Mil calorias são queimadas em uma aula de spin, por exemplo, mas isso pode não ser detectado por uma FuelBand, pois o pulso permanece imóvel.

    Consumidores também estão interessados em aparelhos que meçam os batimentos cardíacos, o que é difícil com uma pulseira.

    Além disso, há a questão de estilo. Muitas pulseiras de atletismo são básicas demais ou feias. Até as bonitas como a Jawbone Up não têm uma aparência orgânica. A Shine é a que mais se aproxima de um artigo de vestuário interessante. Ela custa US$ 120, incluindo o disco, o prendedor e a pulseira, ao passo que o colar e a faixa de couro custam US$ 50 cada.

    Nenhuma dessas peças pode ser considerada de alta moda, mas já são um começo. A Shine deixa o usuário especificar se pratica natação, ciclismo ou outros esportes, o que supostamente ajuda a obter medidas mais acuradas.

    A Shine mostra que os aparelhos vestíveis não precisam ser presos ao pulso ou qualquer outra parte do corpo. Os pequenos sensores dentro dos aparelhos são simples e a chave para a próxima onda de evolução vestível.

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