Cerca de dois meses após pedir falência, a bolsa de bitcoins Mt. Gox entrou em administração judicial, segundo comunicado publicado nesta quarta-feira (16) no site da empresa.

O tribunal de Tóquio, onde a Mt. gox é sediada, rejeitou a solicitação de recuperação civil (extrajudicial) apresentada pela corretora. "A corte decidiu rejeitar a demanda para iniciar uma reabilitação civil e um administrador provisório foi nomeado", disse o executivo-chefe da companhia, Mark Karpeles, em outro comunicado divulgado pelo site.

De acordo com o administrador provisório Nobuaki Kobayashi, Karpeles pode vir a ser investigado como responsável pelo colapso da empresa. Segundo a Reuters, o gerente ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Toru Hanai - 26.fev.2014/Reuters

Programador britânico protesta contra a Mt Gox em frente à sede da empresa, em Tóquio, poucos dias após pedido de falência

FALÊNCIA

A casa de câmbio, que já foi uma das operadoras mais importantes da moeda virtual no mundo, entrou com pedido de falência no final de fevereiro após anunciar que teria perdido 850 mil bitcoins, aproximadamente US$ 454 milhões na cotação atual, devido a invasão de hackers em seu sistema.

Das 850 mil moedas, 750 mil eram de usuários que ainda não haviam sacado suas moedas e os outros 100 mil pertenciam à Mt. Gox. No final de fevereiro, a empresa afirmou que conseguiu recuperar 200 mil bitcoins, mas que não tinha esperanças de encontrar o restante.

Kobayashi não comentou com a Reuters a recente oferta apresentada por um grupo de investidores para adquirir e recuperar a empresa, mas disse que investidas do tipo serão levadas em consideração.