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    Foco do Exército do Brasil é ter ciberdefesa consistente

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    12/05/2014 03h03

    Consideradas exitosas, as experiências com defesa cibernética no Rio+20, na Jornada Mundial da Juventude e na Copa das Confederações servem como guia para a atuação do Exército durante a Copa do Mundo, que começa daqui a exatos 31 dias.

    A fala é do subchefe do CDCiber (Centro de Defesa Cibernética), coronel Alan Costa.

    O órgão, criado em 2010, tem como meta a manutenção de defesas sólidas em sistemas do governo e operou pela primeira vez em 2012. Em grandes eventos, cerca de 300 funcionários atuam para o centro, alguns de parceiros como o Gabinete de Segurança Institucional e a Anatel.

    "No Brasil, a gente divide a questão de defesa, segurança e guerra cibernéticas pelos níveis de decisão", explica o coronel Costa. "Quando falamos em segurança cibernética, isso está a cargo da Presidência da República."

    Editoria de Arte/Folhapress

    Tais níveis de decisão são três: operacional e tático, político e estratégico –em que se insere o CDCiber. Assim, caso o Brasil desenvolva um programa cibernético ofensivo, seja com fins de espionagem ou de sabotagem, o CDCiber não seria o órgão encarregado de desenvolvê-lo.

    A doutrina militar aplicada ao Exército Brasileiro não descarta ações cibernéticas ofensivas, a partir da definição do termo "ciberdefesa".

    Segundo foi definido no 1º Seminário de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa, ciberdefesa é um "conjunto de ações defensivas, exploratórias e ofensivas (...) com as finalidades de proteger os nossos sistemas de informação, obter dados para a produção de conhecimento de inteligência e causar prejuízos aos sistemas de informação do oponente".

    MUDANÇA DE COMANDO

    Em março, o CDCiber passou por sua primeira troca de comando. Saiu o general José Carlos dos Santos, que fundou a instituição, e assumiu o general Paulo Sergio Melo de Carvalho, antes lotado no Laboratório de Defesa Cibernética do IME (Instituto Militar de Engenharia).

    Desde a criação do órgão, o Orçamento da União tem uma ação dedicada à implantação de um sistema de ciberdefesa. Em 2013, foram empenhados R$ 74,2 milhões, dos quais foram gastos, de fato, R$ 40,8 milhões (55%). O excedente empenhado pode ser usado no ano seguinte.

    Neste ano, o valor reservado foi R$ 5,4 milhões, mas o Exército utilizou parte do dinheiro do ano anterior: até maio, foram gastos R$ 6,4 milhões.

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