• Tec

    Thursday, 02-May-2024 00:25:22 -03

    Regime chinês interfere em serviços do Google no país

    DA REUTERS

    02/06/2014 11h21

    Os serviços do Google estão sendo interrompidos na China antes do 25º aniversário, nesta semana, da repressão a manifestantes pró-democracia em 1989 na Praça da Paz Celestial, em Pequim, disse nesta segunda-feira (2) uma entidade que fiscaliza atos de censura.

    A GreatFire.org disse em publicação em um blog que o governo parece ter começado a censurar o principal mecanismo de busca do Google e também o Gmail, entre vários outros serviços, pelo menos desde a semana passada, tornando-os inacessíveis para muitos usuários na China.

    A entidade acrescentou que a última vez que havia constatado tal bloqueio fora em 2012, quando durou apenas 12 horas.

    "Não está claro se o bloqueio é uma medida temporária pela proximidade do aniversário (da manifestação) ou se é permanente. Mas, considerando que já dura quatro dias, é mais provável que o Google seja severamente interrompido e pouco usado de agora em diante", disse o grupo.

    Questionado sobre a interrupção, um porta-voz do Google disse: "Checamos isso extensivamente e não há nada errado do nosso lado".

    O relatório de transparência do próprio Google, que mostra detalhes sobre seu tráfego global, mostrou níveis mais baixos de atividade na China a partir da sexta-feira, o que poderia indicar uma significativa interrupção.

    A Reuters não conseguiu encontrar representantes do governo para comentar nesta segunda-feira, que é feriado nacional na China. O governo chinês costuma responder a tais relatos afirmando que as empresas de Internet que operam no país têm que obedecer a lei.

    Em 2010, o Google levou seu sistema de busca chinês para fora do país, a segunda maior economia do mundo, citando uma forte censura, e agora opera esse serviço a partir de Hong Kong.

    O governo chinês já bloqueia sites populares como Facebook, Twitter e YouTube, este último também do Google.

    Para o Partido Comunista, as manifestações de 1989 na Praça Tiananmen e em outras cidades permanecem um tabu, particularmente no 25o aniversário.

    O governo deteve vários ativistas no mês passado, após terem ido a um encontro sobre os protestos, incluindo o proeminente advogado Pu Zhiqiang.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024