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    Google abrirá escritório coletivo para start-ups em São Paulo

    YURI GONZAGA
    DE SÃO PAULO

    21/07/2014 14h55

    O Google vai abrir em São Paulo um espaço de trabalho compartilhado para start-ups, companhias tecnológicas em fase inicial, no ano que vem.

    O chamado Campus, que existe em Londres e em Tel Aviv (Israel), terá uma cafeteria com acesso grátis à internet para qualquer um que fizer cadastro on-line, e uma espécie de escritório comunitário para quem for selecionado -haverá anuidade, cujo preço não foi divulgado.

    O Campus é um projeto do Google for Entrepreneurs (Google para empreendedores), braço da gigante tecnológica que trata da área, e tem como ideia "conectar os diferentes aspectos da criação de uma start-up em um só lugar", segundo Mary Grove, 32, executiva que dirige essa divisão na empresa.

    "Queremos engajar start-ups de São Paulo, do Rio e outros lugares do Brasil, mas nosso plano é que o Campus atraia gente do mundo todo", disse em entrevista à Folha.

    "Enquanto não investimos diretamente, levamos investidores para dentro do Campus para que as start-ups tenham acesso direto a eles."

    O local terá auditórios e salas de reunião que abrigarão cursos, palestras e concursos organizados pelo Google e pelos parceiros da empresa.

    Será em um prédio na região da avenida Paulista (o ponto específico não foi definido) e terá "diversos andares" –são 20 mil m2 de área construída em Londres (veja galeria de imagens abaixo).

    O anúncio da chegada a São Paulo do Google for Entrepreneurs foi feito nesta segunda (21) por meio de um post em blog da companhia.

    A escolha do Brasil como sede é devido ao "histórico de empreendedorismo" e pelo momento, que é oportuno, segundo Grove. "Há uma alta densidade de start-ups significativas, uma comunidade com quem já conversamos e o grande potencial para crescimento econômico por meio do empreendedorismo."

    No ano passado, o espaço londrino sediou 1.100 eventos, com 70 mil participantes (leia mais aqui ). O total de membros do Campus inglês é de 30 mil, entre "inquilinos" e visitantes.

    Alan Leite, 31, diretor da Startup Farm, uma aceleradora (empresa que investe e mentora start-ups), diz que a ideia pode estimular a formação de novas start-ups.

    "A ideia é ter custo acessível, acesso logístico ótimo, tem a marca sexy do Google", diz. "Para um empreendedor, dificilmente haveria algo melhor do que isso."

    Há diversos estabelecimentos para escritórios compartilhados (o chamado "coworking") em São Paulo, como o Plug N' Work, que aluga salas por R$ 39 a hora, mas com proposta ligeiramente diferente da do espaço do Google.

    "A ideia é promover 'colisões', conexões que seriam improváveis", diz Leite. "São coisas complementares: aceleradoras para modelos de negócio; incubadoras, para produtos; e um espaço como esse, para 'networking'."

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