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    Apple e Google levam seus sistemas a carro e casa e dificultam 'êxodo' de usuário

    YURI GONZAGA
    DE SÃO PAULO

    29/07/2014 02h30

    Relógios inteligentes, casas conectadas e novas tecnologias programadas para os próximos meses tornam cada vez mais difícil e trabalhosa a escolha entre aparelhos da Apple ou do Google.

    Os tablets e PCs das marcas trabalham cada vez mais em sintonia com os smartphones e também entre si.

    Além disso, a cada novo lançamento, o fato de novos aparelhos serem ou não de uma mesma marca pode determinar como será a integração entre os dispositivos ou até mesmo se será possível a comunicação entre eles.

    A atualização para as futuras versões dos sistemas do Mac e do iPad, por exemplo, permitirá que esses aparelhos atendam ligações recebidas no iPhone –se for num Android, nem pensar.

    A estratégia das gigantes não é só conquistar futuros consumidores, mas evitar que eles fujam rumo ao quintal do concorrente.

    Migrar de um Galaxy para um iPhone implica também abrir mão dos aplicativos comprados, que, se tiverem uma versão correspondente na nova plataforma, deverão ser adquiridos novamente.

    Para Leonardo Munin, analista de mercado da empresa de pesquisa IDC, o celular que a pessoa possui pode determinar qual será seu modelo de "smartwatch" (a Apple deverá lançar um "iWatch" neste ano, segundo rumores, e o Google Android Wear já é uma realidade).

    "Torna-se mais propício, porque os aparelhos falam a mesma língua, além de você já ter alguma experiência com aquele sistema", diz.

    Filipe Rocha/Editoria de Arte/Folhapress

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    Levando em consideração que conteúdos como música, filmes e livros também fazem parte do chamado "ecossistema" das companhias, percebe-se por que muitos usuários de iPhone nunca tocaram –ou tocarão– num Android, e vice-versa.

    Para o analista de sistemas Alex Rodrigues, 37, que hoje usa Android, trocar de plataforma não é um problema "didático", mas, sim, financeiro. "Para quem muda muito, os aplicativos comprados são realmente um problema. Geralmente, tenho que comprar de novo", diz o ex-usuário de iPhone e de Windows Phone.

    "Já tenho uma quantidade considerável de aplicativos comprados, e isso é um dos fatores que me faz continuar no Android", diz. Por causa do celular atual, Rodrigues diz que estaria inclinado a comprar um "smartwatch" também com o sistema.

    Os lançamentos ainda não têm data precisa –a maioria ficou programada para o outono no hemisfério norte, que acontece entre os meses de setembro e dezembro.

    O Google costuma permitir que aparelhos de outras plataformas funcionem com alguns de seus produtos, diferentemente da Apple, que faz restrições quase exclusivas.

    As empresas anunciaram também uma série de ferramentas para facilitar o trabalho de programadores, que poderão criar apps para múltiplos dispositivos.

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