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    Materiais de celulares influenciam preço e sinal; veja diferenças

    STEFANIE SILVEIRA
    DE SÃO PAULO

    19/08/2014 02h00

    A Samsung anunciou, na última semana, o Galaxy Alpha, novo smartphone de topo de linha da empresa.

    Um dos diferenciais do modelo é uma parte de sua estrutura externa que é de metal -material já utilizado pela concorrente Apple, que usa alumínio no iPhone 5 e no iPhone 5s.

    Enquanto isso, rumores indicam que a empresa californiana se prepara para lançar um novo iPhone com tela de safira, ultrarresistente a riscos e teoricamente inquebrável. O material já é usado para proteger a câmera dos smartphones da marca.

    Levar em conta na hora da compra o tipo de material de que é feito um telefone inteligente pode ser tão importante quanto saber quantos Mpixels tem a câmera ou qual é o sistema do aparelho, principalmente quando consideradas questões como resistência, peso, custo e até a captação do sinal.

    "O primeiro celular pesava cerca de 800g e hoje nos temos alguns exemplos abaixo de 100g. Materiais poliméricos, como o plástico, utilizados nos modelos atuais podem ser duas vezes e meia mais leves do que o alumínio", diz o professor Marcelo Chinelatto, do departamento de engenharia de materiais da USP de São Carlos.

    Em geral, os três materiais mais comuns na produção de celulares –metal, plástico e vidro– reúnem características boas e ruins que devem ser levadas em conta na hora de decidir qual o melhor aparelho para determinado uso.

    PLÁSTICO
    O material mais comumente usado nas carcaças dos telefones é o policarbonato, ou plástico, que tem boa resistência, comum em telefones da linha Galaxy S, da Samsung, e Lumia, da Nokia.

    Uma de suas qualidades é a de não causar interferências na recepção de sinal do aparelho. Outro ponto relevante em relação ao plástico é o custo. O material é consideravelmente mais barato do que suas alternativas e isso acaba afetando o preço final do aparelho.

    Apesar disso, ele sai perdendo no quesito temperatura. Por ser um condutor ruim de calor, pode superaquecer internamente os dispositivos, forçando a queda da velocidade de processamento.

    METAL
    O principal metal utilizado na fabricação de smartphones é o alumínio, embora o magnésio também seja uma opção existente, porém pouco adotada pela dificuldade de produção.

    O alumínio é resistente, feito para proteger as partes internas do aparelho no caso de quedas. Em função das alterações de sinal que podem ocorrer, os produtos fabricados com alumínio tendem a ter mais antenas externas.

    Um dos pontos positivos fica por conta da boa condutividade térmica do material: ele pode até esquentar por fora, mas dissipa rápido o calor, o que poupa o os componentes internos.

    Além da Apple e agora da Samsung, a HTC costuma usar alumínio na carcaça dos telefones celulares.

    VIDRO
    A cobertura da carcaça do telefone com vidro pode ser vista no iPhone 4 e em alguns modelos da linha Xperia, da Sony. O principal problema deste tipo de material é a baixa resistência.

    Enquanto pode ser altamente resistente a riscos, como no caso do Gorilla Glass, pode quebrar facilmente em quedas.

    O material não interfere na recepção de sinal, mas confere mais peso aos telefones, além de ser mais escorregadio na mão.

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