O Apple Pay, serviço de "carteira virtual" que estará disponível no iPhone 6, no iPhone 6 Plus e no Apple Watch, pode ajudar a impulsionar o uso de dispositivos móveis para pagamentos em lojas físicas, acreditam analistas e profissionais do mercado de tecnologia.

A ferramenta foi apresentada na terça-feira (9) em evento que marcou o lançamento dos novos smartphones e do primeiro relógio inteligente da companhia de Tim Cook.

Outras companhias já tentaram implementar ferramentas do tipo sem sucesso. Em 2011, o Google lançou o Wallet, que não vingou entre os consumidores.

"A Apple é capaz de criar um tipo de ecossistema harmonioso que o Google ainda não conseguiu desenvolver", disse Denée Carrington, analista do grupo Forrest Research, em entrevista ao "New York Times".

"O erro que a maioria das empresas cometeu foi focar muito na tecnologia e não no valor do serviço para o consumidor", afirmou.

	Stephen Lam/Reuters
	Tim Cook apresenta o Apple Pay no evento desta terça-feira (9), em Cupertino, na Califórnia (EUA).

Disponível inicialmente apenas nos EUA, o Apple Pay funcionará com tecnologia NFC ("comunicação por campo de proximidade", da sigla em inglês), implementada pela primeira vez em um iPhone, e as compras serão autenticadas pelo leitor de digitais Touch ID.

Segundo Tom Pageler, chefe de segurança da informação de uma companhia que administra transações digitais, o sistema da Apple também parece ser mais seguro do que os anteriores.

A fabricante do iPhone garantiu que as informações de cartão de crédito não ficarão armazenadas em nenhum de seus servidores, de acordo com o "NYT".

Os especialistas acreditam que a Apple precisará convencer os comerciantes de que vale a pena investir na tecnologia para que ela se popularize.

O Apple Pay será implementado em restaurantes e lojas dos EUA como o McDonald's e a varejista Target, e poderá aparecer de início em mais de 20 mil estabelecimentos comerciais do país. A companhia também já fechou parceria com American Express, Mastercard, Visa e mais seis bancos.

Com informações do "New York Times"