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    Novo Moto X é topo de linha com melhor custo-benefício

    BRUNO FÁVERO
    DE SÃO PAULO

    16/09/2014 02h00

    O primeiro Moto X, lançado em 2013, não bateu recordes de vendas, mas foi importante para a Motorola. Não só porque é um bom smartphone, mas principalmente porque estreou a linha de design que atualmente norteia o desenvolvimento dos aparelhos da marca. Seu sucessor tenta dar continuidade à herança, fazendo algumas melhorias.

    A mais notável é a tela, que ganhou tamanho e resolução –foi de 4,7 polegadas para 5,2 polegadas e de 720p para 1.080p. A mudança equipara o Moto X à concorrência, mas sacrifica a ergonomia do antecessor. Usar o novo celular com apenas uma mão é desconfortável –ou impossível, para quem tem mãos pequenas.

    O acabamento também mudou –o plástico das bordas foi substituído por alumínio e a traseira ganhou a opção de acabamento em couro natural (além de bambu e policarbonato, que já existiam no modelo anterior).

    O processador, antes intermediário, agora é o topo de linha da Qualcomm; a capacidade de armazenamento foi de 16 Gbytes para 32 Gbytes (sem opção de cartão microSD).

    A câmera, talvez o ponto mais fraco do primeiro Moto X, evoluiu significativamente, mas ainda fica aquém de concorrentes como o iPhone e a linha Xperia Z, da Sony. Por um lado, seu obturador é muito rápido, a resolução aumentou e as imagens saem mais definidas do que no Moto X original. Por outro, o desempenho em situações de pouca luz ainda é sofrível e o foco automático funciona mal com alguma frequência.

    O comando por voz, que permite executar ações sem tocar na tela do celular, foi melhorado e ganhou funções. A possibilidade de controlar as câmeras é útil e funciona bem, mas tarefas mais complexas, como mandar mensagens no WhatsApp, esbarram na lentidão e na ocasional imprecisão do sistema de reconhecimento.

    O sistema operacional é o KitKat 4.4 –versão mais nova do Android–, com pouquíssimas modificações e bons aplicativos embarcados, como o Migração Motorola –que transfere os dados do celular antigo para o novo. Combinado ao bom hardware, o resultado do software enxuto é uma navegação mais rápida e fluida que da maioria dos concorrentes.

    Em resumo, a Motorola cometeu alguns deslizes no desenvolvimento do Moto X –o tamanho exagerado é o que mais incomoda–, mas todos são ofuscados pelo preço, mais baixo que o da concorrência. Sem dúvidas, o aparelho é o melhor que pode ser comprado por até R$ 1.500.

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    Veja abaixo infográfico com comparação de características dos novos Moto G e Moto X

    Editoria de Arte/Folhapress

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