A internet está cheia de redes sociais que, ao competirem com Facebook e outros gigantes, estão fadadas à obscuridade. Uma delas, no entanto, ganhou destaque na web nos últimos dias.

Chamado de Ello, o site, que ainda está em Beta, foi criado por um pequeno grupo de artistas e designers e traz um manifesto contra propagandas e invasão de privacidade nas redes sociais.

A página foi lançada em março e, desde então, vinha registrando um aumento considerável de usuários todos os dias, segundo reportagem do "BetaBeat". Mesmo exigindo solicitações para aceitar novos membros.

O "boom", no entanto, veio durante a última semana. Ao "BetaBeat", o fundador Paul Budnitz disse que o site tem recebido cerca de 4.000 inscrições por hora.

Muitos deles, de acordo com sites da imprensa especializada, estariam deixando o Facebook e migrando para a nova rede, movimento que coincide com uma recente ação da página de Mark Zuckerberg em que contas de usuários que utilizam nomes falsos em seus perfis foram bloqueadas.

"Artistas, blogueiros, pessoas que estão preocupadas com privacidade, que tiveram problema com 'stalkers', celebridades e membros da comunidade LGBT às vezes escolhem não utilizar seus nomes verdadeiros por motivos de proteção", disse Budnitz ao "BetaBeat". "Todas essas pessoas estão sendo excluídas do Facebook".

"O Ello não vende dados e não tem anúncios. Convidamos as pessoas a serem quem elas quiserem. Não há razão para que passemos a exigir o uso de nomes reais", completou.

	Reprodução
	Exemplo de perfil na rede social Ello

"SIMPLES, LINDO E LIVRE DE ANÚNCIOS"

É assim que o Ello se define em sua mensagem de saudação. A ausência de propagandas dá um visual "limpo" à rede social, com elementos espaçados pela página e destaque para as imagens publicadas pelos usuários.

A funcionalidade do site é semelhante à de qualquer rede social no "estilo Facebook", com recursos como comentários e seguidores, entre outros.

Para se sustentar, a página diz em seu site que "oferece ocasionalmente funcionalidades especiais" que os usuários podem usufruir "pagando uma pequena quantia de dinheiro".

Como a página ainda está na versão beta, novidades estão sendo construídas para serem incluídas e melhorar o serviço –ainda não é possível, por exemplo, fazer postagens com vídeo ou áudio. O grupo diz que planeja o lançamento de um aplicativo para iOS e Android no futuro próximo.