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    Com temática indígena, game 'Aritana' se destaca entre 'indies' brasileiros

    JOÃO VITOR OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    03/10/2014 16h49

    O cenário é uma floresta tropical, o herói, um jovem aprendiz de Pajé, e os inimigos, os espíritos maus que habitam os arredores da aldeia.

    A princípio, "Aritana e a Pena da Harpia" pode soar apenas como um jogo carregado de clichês sobre índios. Mas o game desenvolvido pela produtora paulistana Duaik alia a temática tupiniquim a gráficos, trama e jogabilidade caprichados para se destacar no cenário de "indies" brasileiros neste ano.

    "Nós queríamos fazer um jogo direcionado para o público brasileiro, mas sem cair no estereótipo do 'game educativo' que os jogadores do país costumam criticar", diz Pérsis Duaik, um dos desenvolvedores do projeto, em entrevista à Folha.

    O título foi lançado em abril deste ano e, após faturar o prêmio de melhor jogo por voto popular no BIG Festival (Festival Brasileiro de Jogos Independentes) em maio, estará presente para testes no Pavilhão Indie da Brasil Game Show 2014, que acontece entre os dias 8 e 12 deste mês.

    Com gráficos cartunescos ricos em detalhes, o game é um típico jogo de plataforma e conta a saga do pequeno índio Aritana para salvar o cacique de sua tribo.

    Ao perceber que o chefe da aldeia foi amaldiçoado por um espírito mau, o "curumim" rouba o bastão mágico do pajé e parte em uma aventura para conseguir uma pena de harpia, elemento necessário para a realização do ritual de cura do cacique.

    Aritana pode assumir duas posturas (trocadas pelo botão "shift"): uma com o bastão, para visualizar e atacar os espíritos da floresta, e outra sem a arma, que permite saltar mais alto.

    Os obstáculos ao longo do caminho exigem que o jogador quebre a cabeça decidindo como usar cada posição para superá-los.

    NA MEDIDA

    Elementos da cultura indígena estão por todo o game. Os itens colecionáveis, por exemplo, incluem folhas de guaraná e amuletos ligados à mitologia tupi-guarani. Segundo Pérsis, a equipe realizou diversas pesquisas para retratar o tema com fidelidade.

    O produtor deixa claro, no entanto, que a ideia não é que o jogador vire um "expert" em cultura indígena após terminar o jogo.

    "Não é que brasileiro não goste de jogos com sua cultura. Brasileiro não gosta é de jogo ruim", afirma. "O principal é que o jogador tenha, no final das contas, uma experiência agradável."

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