Celebridades de Hollywood estão entre as vítimas do ataque hacker sofrido pela Sony Pictures Entertainment na semana passada, segundo informações do "Wall Street Journal".
Uma reportagem publicada na quinta-feira (4) pelo jornal diz que os documentos vazados pelos cibercriminosos incluem dados privados de identificação fiscal de artistas que trabalharam em produções da companhia –entre eles, o ator Sylvester Stallone, a atriz australiana Rebel Wilson e o diretor Judd Apatow.
Representantes das três estrelas recusaram-se a comentar o assunto.
De acordo com o "WSJ", o ataque disponibilizou números de mais de 47 mil funcionários e ex-funcionários da Sony Pictures. Uma análise feita pela consultoria Identity Finder LLC apontou que pessoas que saíram da empresa há décadas tiveram dados como salário e endereço residencial disponibilizados.
As informações analisadas pela firma estavam em documentos do Microsoft Excel acessíveis sem qualquer tipo de proteção, diz o jornal.
Segundo sites da imprensa especializada, os hackers têm posse de cerca de 100 Tbytes (1 Tbyte é composto por 1.024 Gbytes) de dados internos da Sony Pictures.
Rodong Sinmun/Efe - Phil McCarten/Reuters | ||
Kim Jong-un (esq,) e o ator James Franco (dir.) que deve matar o ditador em "A Entrevista" |
COREIA DO NORTE
Na quarta-feira (3), investigadores identificaram sinais de que o ataque pode ter sido conduzido por forças norte-coreanas. As ferramentas de invasão utilizadas seriam similares às usadas pelo país em ataques anteriores contra a Coreia do Sul.
Questionado sobre o envolvimento do país, o porta-voz norte-coreano respondeu: "As forças hostis estão relacionando tudo à Coreia do Norte. Eu o aconselho a esperar e ver".
O ciberataque, iniciado em 24 de novembro, aconteceu um mês antes da unidade de entretenimento da Sony lançar o filme "A Entrevista", uma comédia com os atores James Franco e Seth Rogen como dois jornalistas recrutados pela CIA para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Em junho, o governo de Pyongyang denunciou o filme como um "patrocínio sem disfarces de terrorismo, como também um ato de guerra", em carta ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.