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    Queda nas vendas por download indica mudanças no mercado de música digital

    ROBERT COOCKSON
    DANIEL THOMAS
    DO "FINANCIAL TIMES"

    02/01/2015 14h58

    A venda de músicas por downloads diminuiu nos Estados Unidos e no Reino Unido em 2014, à medida que consumidores trocaram os downloads por serviços de "streaming" como o Spotify.

    Os Estados Unidos viram a venda de álbuns digitais cair 9% e a de músicas 12% ao longo do ano, de acordo com a consultoria Nielsen Music. Em contrapartida, o uso de serviços de "streaming" de vídeo e áudio aumentou 50%, com 164 bilhões de músicas transmitidas.

    Os números ressaltam mudanças no mercado digital de música, onde o crescimento da venda de músicas por download -base em que se apoiava o iTunes, da Apple– estagnou, enquanto serviços por assinatura ou suportados por publicidade, como Spotify e Deezer, tiveram rápido aumento de usuários.

    No ano passado, a Apple comprou a Beats e pretende incluir o serviço de música por "streaming" Beats Music em seu sistema operacional neste ano, levando-o instantaneamente ao celular de milhões de pessoas.

    A artista que mais vendeu álbuns em 2014 nos EUA, com 3,66 milhões dos 257 milhões de álbuns comercializados no ano, foi a cantora Taylor Swift, que em novembro se posicionou contra o modelo de negócio do Spotify e retirou todos os seus álbuns do serviço.

    Facundo Arrizabalaga-02.dez.2014/Efe
    A cantora Taylor Swift, que retirou suas músicas do Spotify
    A cantora Taylor Swift, que retirou suas músicas do Spotify

    No Reino Unido, a venda por downloads caiu pela primeira vez na história, encerrando um ciclo de forte crescimento iniciado há cerca de uma década com a chegada do iTunes.

    O valor de varejo da venda de músicas gravadas no Reino Unido caiu quase 2% para 1,03 bilhão de libras (cerca de R$ 4,27 bilhões), de acordo com a BPI (Indústria Fonográfica Britânica, na sigla em inglês) e a consultoria Official Charts Company.

    O BPI informou que 30 milhões de álbuns foram baixados em 2014, abaixo dos 32,6 milhões do ano passado, ao passo que o valor de varejo de serviços de "streaming" subiu 65% para 175 milhões de libras.

    Os EUA e o Reino Unido são dois dos maiores mercados de música ao lado do Japão, o que faz deles importantes representantes de tendências globais.

    Kevin Brown, chefe de relações do Spotify em território europeu, disse que 2014 foi "o ano em que o 'streaming' se tornou popular no Reino Unido".

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