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    Feira CES, nos EUA, discute padrões para tornar a vida mais conectada

    BRUNO ROMANI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LAS VEGAS

    13/01/2015 02h00

    Na CES, uma das maiores feiras de eletrônicos do mundo e que aconteceu na semana passada em Las Vegas (EUA), houve uma enxurrada de produtos prontos para se conectar à web: carro, lâmpada, cama, vaso de flor, pulseira, geladeira, fogão.

    As coisas que se conectam à internet, ou "a internet das coisas", foram o principal tópico do evento. Mas, enquanto pequenas empresas inundavam pavilhões com produtos que talvez nunca cheguem às lojas, os grandes nomes se preocupavam em como essas coisas se conectaram e conversaram entre si.

    Se um dispositivo conectado não conversa com outro, a internet das coisas não existe. Por isso, embora o tema não seja tão novo, parece maior a preocupação das empresas em definir padrões.

    Na palestra que abriu a feira, a Samsung ignorou o lançamento de produtos e focou aquilo que é necessário para que a visão de um futuro conectado se torne realidade.

    "Precisamos de um ecossistema aberto para que 'dispositivos IOT' [sigla em inglês para 'internet das coisas'] trabalhem em conjunto. Em nome da Samsung, prometo que todos os nossos componentes de IOT serão abertos", afirmou BK Yoon, presidente da Samsung Electronics.

    A companhia manteve a política da SmartThings, start-up promissora no setor comprada por ela em agosto de 2014 por US$ 200 milhões –a SmartThings já trabalhava com plataformas abertas.

    O executivo também afirmou que, até 2020, todos os eletrônicos feitos pela Samsung –de aspiradores de pó a televisões– terão capacidade de se conectar à internet.

    PARCERIAS

    Horas antes, a LG revelou que pretende aumentar a cooperação com a oneM2M, consultoria para padrões de IOT, e com a Allseen Alliance, organização entre fabricantes para a determinação de padrões. A meta é aumentar a compatibilidade entre dispositivos de marcas diferentes.

    A Allseen Alliance conta com mais de cem companhias, incluindo Qualcomm, Sony e Microsoft. Durante a feira, ela lançou sem alarde um software para administrar as conexões entre aparelhos.

    Essa não é a única agência tentando organizar padrões, o que mostra que, antes mesmo de os dispositivos conversarem entre si, as empresas terão que fazer o mesmo. A Samsung, por exemplo, é membro do Open Interconnect Consortium, que também conta com Intel, Lenovo e HP.

    Sobre o assunto, Intel e Qualcomm preferiram lançar ferramentas que facilitam a produção de dispositivos conectados. A primeira lançou o Curie, um chip para computadores vestíveis. A segundo apresentou um módulo para criar lâmpadas inteligentes.

    A movimentação das empresas é relevante. Até 2020, 30 bilhões de dispositivos estarão conectados à internet, estima a consultoria IDC.

    O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Samsung

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