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    'Brasil é diferente', diz executivo da Samsung sobre competição com Apple

    YURI GONZAGA
    DE SÃO PAULO

    29/01/2015 17h13

    Barry Huang - 3.jun.13/Reuters
    Imagem ilustrativa mostra logotipo da Apple refletido (ao fundo) próximo a um Samsung Galaxy Note
    Imagem ilustrativa mostra logotipo da Apple refletido (ao fundo) próximo a um Samsung Galaxy Note 2

    Apesar de a Apple ter empatado com a Samsung em participação no mercado global de smartphones, os consumidores brasileiros ainda são um motor para as vendas da fabricante sul-coreana, segundo Roberto Soboll, diretor de produtos da empresa no Brasil.

    Segundo ele, a drástica redução do número de modelos anunciada para este ano pela companhia não incluirá o país, o que também reflete o contraste com os demais lugares.

    "Há todo tipo de bolso no nosso mercado", disse em entrevista por telefone, depois do lançamento de três aparelhos intermediários cujos diferenciais são a câmera frontal incrementada para autorretratos e o corpo metálico. "Mas só nós cobrimos todo o espectro de preços, desde o mais básico até o mais premium."

    A competição entre as duas líderes mundiais em celular é peculiar no Brasil justamente por causa dos preços: aqui, o modelo mais caro da Samsung (Galaxy Note 4 ) sai por R$ 2.899, ou R$ 600 menos que o mais básico da Apple, o iPhone 6 com 16 Gbytes de memória.

    Nos EUA, por exemplo, os aparelhos são vendidos desbloqueados por US$ 649 o iPhone 6 (cerca de R$ 1.700) e por US$ 749 o Galaxy Note 4 (R$ 1.950).

    A discrepância deve-se em parte à fabricação local, prática à que adere a Samsung e que reduz muito a carga tributária dos celulares.

    A Apple até fabrica no país, mas limita sua fabricação a iPads, por meio da Foxconn em Jundiaí (SP). A empresa não fala publicamente sobre o assunto.

    A semana foi contrastante para as rivais: a Apple quebrou recordes ao anunciar números gigantescos de lucro e de venda de iPhones, enquanto a Samsung apresentou sua primeira queda nos ganhos líquidos em três anos.

    Soboll diz que o mercado brasileiro está "amadurecendo" no segmento de celulares, com um grande número de consumidores já comprando seu segundo, terceiro ou quarto aparelho.

    Isso permite que a marca introduza smartphones com preço mais alto, segundo Soboll.

    Consultada, a Apple não respondeu ao contato até o momento.

    No último ano, os aparelhos de marcas como a Motorola e a Asus tiveram bons resultados por serem vendidos em faixas de preço abaixo de R$ 700, na qual a Samsung mantém poucos exemplares.

    Soboll diz que o investimento em técnicas de criptografia permitem que a Samsung se saia bem no mercado corporativo brasileiro, mas não quis comentar uma possível aquisição com a canadense BlackBerry.

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