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    Aventura política na Nova Zelândia afeta reputação do 'rei dos downloads'

    RAFAEL ALVEZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    07/04/2015 02h00

    Depois de ter relançado o Megaupload com o nome de Mega, baseando-o na Nova Zelândia e oferecendo apenas a opção de compartilhamento criptografado de arquivos na rede, Kim Dotcom aventurou-se na política.

    Querendo abalar John Key, primeiro-ministro da Nova Zelândia, e seus aliados, investiu US$ 3,5 milhões na criação do Partido da Internet, em março de 2014. Ele se aliou ao partido de origem maori Mana Party e lançou candidatos nas eleições gerais de setembro.

    Os resultados foram pífios -1% dos votos para o legislativo e nenhuma cadeira conquistada. A reputação de Dotcom foi fortemente abalada em todo o país.

    "Sua tentativa de fazer uma transição de um uber-capitalista para um homem do povo não pareceu real às pessoas", afirma o comentarista político local Bryce Edwards. "Kim de repente deixou a figura de Robin Hood para tentar ser um chefe de partido político que parecia ter uma agenda pessoal, então o povo começou a ter dúvidas sobre suas intenções."

    Para o jornalista David Fisher, autor do livro "A Vida Secreta de Kim Dotcom", a bolha começou a estourar quando ele ficou obsessivo por vingar-se do primeiro ministro, a quem ele culpava por destruir seus negócios.

    "Antes de se envolver com o Partido da Internet ele me disse que suspeitava que poderia perder apoio" diz. "Mas eu acho que ele subestimou a força da repercussão. Ele parecia muito focado em se vingar de John Key."

    Para o jornalista, esse tipo de atitude não vai bem com os neozelandeses, que começaram a questionar se eles deveriam acreditar em um homem rancoroso acusado de crimes sérios ou num popular primeiro-ministro.

    Editoria de Arte/Folhapress

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