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    Facebook lança projeto de inclusão em meio a debate sobre neutralidade

    DE SÃO PAULO

    04/05/2015 16h13

    O Facebook lançou sua plataforma Internet.org para novos websites e aplicativos de desenvolvedores nesta segunda-feira (4), uma medida que, segundo a gigante de mídia social, vai impulsionar esforços para conectar pessoas em áreas rurais e de baixa renda em mercados emergentes.

    No entanto, a decisão atraiu críticas de alguns ativistas on-line na Índia, que expressaram preocupações quanto ao controle do Facebook sobre todos os dados acessados no serviço e disseram que isso viola os princípios de uma web aberta.

    A iniciativa oferece acesso gratuito via telefones móveis a serviços limitados na web, com foco em listas de empregos, informações agrícolas, saúde e educação, além dos serviços de mensagem do próprio Facebook.

    A iniciativa foi lançada em nove países na África, América Latina e Ásia, incluindo a Índia, conectando mais de 8 milhões de pessoas à internet, disse o vice-presidente que responde pelo projeto, Chris Daniels, que foi a Nova Déli falar com parceiros e operadores.

    Reprodução
    Mark Zuckerberg, diretor do Facebook, em vídeo em que apresenta o Internet.org
    Mark Zuckerberg, diretor do Facebook, em vídeo em que apresenta o Internet.org

    A plataforma está aberta a todos os desenvolvedores que atenderem certas diretrizes, incluindo a de que criem conteúdo que possa ser explorado tanto em celulares básicos quanto em smartphones e sejam acessíveis mesmo por banda larga limitada, disse o Facebook.

    O Facebook fez uma parceria com a Reliance Communications para lançar o Internet.org na Índia em fevereiro.

    No entanto, várias empresas de comércio eletrônico e desenvolvedores de conteúdo saíram do serviço após ativistas alegarem que ele viola princípios de neutralidade da rede –o conceito segundo o qual todos os websites na rede devem ser tratados da mesma maneira.

    Nikhil Pahwa, voluntário do grupo de campanha pró-neutralidade de rede savetheinternet.in, disse que o serviço causará uma mudança permanente na maneira como a rede funciona.

    "Demos ligações gratuitas ilimitadas para as pessoas? Então qual o motivo dessa abordagem quase paternalista com a internet?Você deixa outras companhias e o uso mais amplo da web em desvantagem", disse Pahwa, que também é fundador do Medianama.com, uma publicação de mídia digital.

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