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    Com 25% dos apps dos concorrentes, Microsoft tenta atrair desenvolvedores

    FELIPE MAIA
    EDITOR-ADJUNTO DE SEMANAIS

    02/06/2015 02h00

    A Microsoft anunciou nesta segunda-feira (1º) que vai lançar o Windows 10 no dia 29 de julho, inclusive no Brasil. Trata-se de uma data-chave para a companhia, que tenta recuperar o tempo perdido nos dispositivos móveis facilitando a vida de desenvolvedores que trabalham, primeiro, para as plataformas Android e iOS.

    Usuários das versões 7, 8 e 8.1 do sistema operacional poderão fazer a atualização grátis para a nova versão por até um ano. Quem tem programas mais antigos, como o XP, pagará US$ 199 (R$ 631).
    Uma das principais novidades é que o software rodará em qualquer tipo de dispositivo –de computadores a celulares. Hoje, há um sistema para cada aparelho.

    Isso pode facilitar a vida do consumidor, mas também é essencial para a Microsoft do ponto de vista da atratividade para desenvolvedores externos (os criadores dos aplicativos), que criam funcionalidades importantes para os usuários dos dispositivos.

    Divulgação
    Pete Brown, gerente-sênior da Microsoft, em apresentação em São Paulo
    Pete Brown, gerente-sênior da Microsoft, em apresentação em São Paulo

    O Windows Phone tem menos 3% do mercado de smartphones, contra 96,3% de iOS (Apple) e Android (Google) somados, segundo a consultoria IDC. Isso faz com que criar aplicativos para o sistema seja pouco interessante.

    Segundo o site especializado Statista, a loja Google Play tem 1,5 milhão de aplicativos, enquanto a App Store tem 1,4 milhão. A Windows Phone Store tem 340 mil, menos de um quarto do que têm as rivais.

    "Ao criar um aplicativo para o Windows 10, você terá uma audiência maior do que apenas um telefone", disse à Folha Pete Brown, gerente-sênior de programas para desenvolvedores da companhia.

    A Microsoft tem o objetivo de ter o sistema operacional instalado em 1 bilhão de dispositivos em até três anos.

    A empresa também passou a derrubar algumas de suas barreiras, criando ferramentas que facilitam a adaptação de apps feitos originalmente para Android e iPhone.

    E a assistente pessoal Cortana, que rivaliza com a Siri, da Apple, também estará disponível para as plataformas das duas rivais neste ano.

    "Temos de ser realistas e saber que nem sempre o usuário vai estar usando nossos produtos, mas sim o iOS ou o Android. Mas queremos que ele possa usar nossos programas mesmo em outros aparelhos", diz Brown.

    Cortana, vale dizer, também vai ultrapassar a barreira dos dispositivos móveis e estará também nos PCs – será possível "conversar" com a assistente, que aprende as preferências do usuário e faz recomendações e lembretes.

    Outra aposta é o novo navegador de internet Microsoft Edge, que deve substituir o Internet Explorer. O programa vai facilitar a visualização de sites desenvolvidos com base em outras plataformas –o líder Chrome acaba sendo padrão de criação, o que faz com que páginas pareçam um pouco "deformadas" em outros navegadores.

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