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    Usuários vão poder remover fotos íntimas das buscas do Google

    DE SÃO PAULO

    24/06/2015 02h00

    Usuários que tiverem imagens íntimas divulgadas sem autorização –prática conhecida como "revenge porn" ou "pornografia de vingança"– poderão pedir ao Google que o conteúdo seja removido de seu sistema de busca.

    Isso não significa que sites desse tipo não existirão mais, e sim que será mais difícil encontrá-los.

    "Nossa filosofia sempre foi de que buscas deveriam contemplar toda a internet", publicou o vice-presidente sênior do Google Search no blog da empresa, na semana passada. "Mas imagens de 'revenge porn' são extremamente pessoais e prejudiciais emocionalmente, e servem apenas para degradar as vítimas –em sua maioria mulheres."

    Com a nova política, funcionará assim: a vítima ou um representante preencherá um formulário (que será disponibilizado em algumas semanas) e informará quais endereços eletrônicos devem ser removidos das listas de pesquisa do Google.

    A partir daí, a empresa vai avaliar o pedido, verificar se é mesmo aquela pessoa nas imagens e eventualmente fazer a retirada.

    Michael Stravato - 6.set.2013/The New York Times
    Marianna Taschinger, 18, que teve fotos postadas na rede pelo ex-noivo
    Marianna Taschinger teve fotos postadas pelo ex-noivo em um site de 'revenge porn' aos 18 anos

    O critério para a exclusão será "imagens e vídeos de nudez ou conteúdo sexual explícito", mas o modo como esse material será analisado não foi divulgado, já que o formulário ainda está em fase de testes.

    E a remoção só será feita quando houver um pedido formal porque, segundo assessoria da companhia, "o Google não é juiz" para determinar quando a divulgação da imagem foi consentida ou não.

    "Nós sabemos que isso não resolverá o problema do 'revenge porn' –não podemos, é claro, remover essas imagens dos próprios sites–, mas esperamos que cumprir esses pedidos ajude", escreveu o representante da empresa.

    TWITER

    O Google não foi o primeiro a tomar uma medida contra a divulgação de imagens sexuais sem autorização. Em março, o Twitter também mudou suas regras para banir a prática.

    "Você não pode publicar fotos íntimas ou vídeos que tenham sido feitos ou distribuídos sem o consentimento da pessoa que aparece neles", diz agora uma das linhas dos "Limites de Conteúdo e Uso" do site.

    Diferentemente do Google, no caso do Twitter apenas a vítima ou seu representante legal podem fazer o pedido de remoção à companhia.

    Aqueles que postaram o conteúdo –e inclusive os que o compartilharem– também podem ter suas contas bloqueadas.

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