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    Maioria dos paulistanos perde sono por causa da internet, aponta pesquisa

    FELIPE GIACOMELLI
    DE SÃO PAULO

    18/08/2015 08h00

    Justin Sullivan/Getty Images/AFP
    AN FRANCISCO, CA - FEBRUARY 19: Facebook and WhatsApp logos are displayed on portable electronic devices on February 19, 2014 in San Francisco City. Facebook Inc. announced that it will purchase smartphone-messaging app company WhatsApp Inc. for $19 billion in cash and stock. (Photo Illustration by Justin Sullivan/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==Restrição:== FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
    Redes Sociais são principal motivo para conectar à internet, diz pesquisa

    A internet tem tirado o sono da maior parte de seus usuários. É o que revela uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), que será divulgada nesta terça-feira (18), em congresso da entidade.

    A pesquisa "O Comportamento dos Usuários na Internet" ouviu 1.000 moradores da cidade de São Paulo e constatou que 53,7% deles já tiveram o sono prejudicado por causa do acesso à internet, jogos on-line e redes sociais.

    "A pessoa dorme menos porque está usando mais a internet", diz Renato Opice Blum, presidente do Conselho de IT Compliance e Educação Digital da Fecomercio à Folha. "O brasileiro tem uma característica única: é muito atraído pelas redes sociais; somos o país do mundo que mais as usa."

    Por que estão conectados?

    Outro problema gerado pelo uso abusivo da internet foi encontrado pela pesquisa: 41,1% dos entrevistados disseram já ter passado por problemas de relacionamento afetivo causados por informações ou mensagens publicadas nas redes sociais –segundo o estudo, 41,2% dos usuários já conheceram alguém on-line para relacionamento.

    No entanto, apenas 13,1% disseram já ter sofrido assédio, bullying ou algum tipo de perseguição virtual.

    "Os pontos positivos ainda superam os negativos. O propósito das redes sociais é resgatar amizades antigas e colocar as pessoas em contato, e isso acontece. Por outro lado, os problemas são muito intensos. Quando há bullying, divulgação de imagens íntimas, é algo que vem com força total", explica Opice Blum.

    Entre os aplicativos usados com mais frequência, a pesquisa aponta que os de relacionamento, como o Tinder, têm apenas 5,9% de público entre os entrevistados. Redes sociais ou apps de comunicação, como WhatsApp e Facebook, lideram o ranking, com 85,1%.

    Apps mais populares

    Os apps bancários aparecem na quarta colocação, com 36,8% dos entrevistados dizendo que os acessam com frequência. No entanto, só 1,7% diz que usa a internet para fazer transferências, pagar contas e conferir extratos.

    O celular é o dispositivo mais usado para acessar a internet: foi citado por 70,1%. O computador de mesa ("desktop") aparece em segundo (16,7%), seguido pelo notebook (11,5%) e pelo tablet (1,6%).

    Os resultados são semelhantes a uma pesquisa realizada em junho pelo Datafolha, sobre os hábitos digitais dos jovens brasileiros.

    SEGURANÇA ON-LINE

    Outro foco da pesquisa da Fecomercio foi mostrar de que forma os usuários se protegem na web. A maioria (73,2%) diz que disponibiliza apenas informações básicas, como a cidade em que mora, idade e endereço de e-mail.

    "Vimos que 73% dizem divulgar informação apenas de maneiras restrita. Mas o que seria isso? O brasileiro divulga mais informações que outros povos, e isso pode custar caro", diz Opice Blum. "Esse número é até pequeno; se houvesse conscientização maior dos riscos que há na internet, ele subiria para 90%".

    Neste mês, o site Tudo Sobre Todos causou polêmica ao vender dados de pessoas que moram no Brasil –como nome completo, endereço e idade. Mas, para especialistas, o uso errado das redes sociais pode ser tão perigoso quanto o site no que diz respeito à proteção das informações.

    Entre os pesquisados, 19,1% também disseram que são responsáveis por menores que acessam à internet. Destes, 85,1% afirmaram que o uso é controlado, geralmente com a presença de um responsável. Outros escolheram aplicativos que monitoram o uso.

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