A Apple afirmou que está fazendo uma limpeza na sua loja de aplicativos, a App Store, para remover programas maliciosos, os chamados malwares. A faxina, anunciada neste domingo (20), é uma resposta ao primeiro ataque de grande escala à loja de softwares da companhia

O ataque à App Store foi revelado quando diversas empresas de segurança encontraram um programa malicioso, apelidado de XcodeGhost, incorporado a centenas de aplicativos legítimos.

Os hackers colocaram o vírus nos aplicativos ao convencerem os desenvolvedores de apps a usarem uma versão alterada do programa de criação de ferramentas para iOS e Mac, conhecido como Xcode, disse a Apple.

"Nós removemos os aplicativos que sabíamos terem sido criados com o software falsificado da App Store", disse a porta-voz da Apple Christine Monaghan. "Nós estamos trabalhando com os desenvolvedores para ter certeza de que eles estão usando a versão apropriada do Xcode para refazerem seus aplicativos."

A gigante americana, no entanto, não informou quais procedimentos os usuários de iPhone e iPad podem tomar para determinar se seus dispositivos estão contaminados ou não.

Esse é o primeiro caso relatado de um grande número de softwares maliciosos entrando através do rigoroso processo de revisão da Apple. Antes deste ataque, apenas cinco aplicativos maliciosos haviam sido encontrados na App Store, de acordo com a firma de segurança Palo Alto Networks.

O diretor da Palo Alto Networks Ryan Olson afirmou que o vírus tinha funcionalidade limitada e que a empresa não encontrou situações de roubo de dados ou outros prejuízos que possam ter sido resultado do ataque.

Apesar dos poucos prejuízos, ele afirmou que o ataque é significativo, pois mostrou que a App Store pode ser comprometida se os hackers infectarem as máquinas dos desenvolvedores de aplicativos legítimos. Para ele, o perigo é que essa técnica seja replicada com malwares mais agressivos.