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    Pessoas precisam visualizar dados para se importar com eles, diz especialista

    FELIPE GIACOMELLI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    17/11/2015 14h42 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Reprodução
    Mikael Ahlstrom, presidente-executivo da Hyper Island, empresa sueca de educação que está chegando ao Brasil
    Mikael Ahlstrom, presidente-executivo da Hyper Island, empresa sueca de educação

    No lugar de um texto sobre experiência profissional e qualificações, um pequeno vídeo conta a trajetória do candidato. As informações em ambos são as mesmas e vieram do perfil do LinkedIn –rede social de foco profissional– de uma pessoa. Mas qual deles é o mais efetivo?

    "Esse vídeo é a coisa mais ridícula que eu já vi", afirma Mikael Ahlstrom, presidente-executivo da Hyper Island, empresa sueca do ramo de educação que está chegando ao Brasil. "Mas ele conta uma história. O 'storytelling' é um ponto importante para quem é da comunicação e do marketing."

    Ahlstrom foi convidado para abrir o segundo dia do Innovators Summit, um evento de inovação que acontece nesta terça-feira (17) em São Paulo. Ele falou sobre como as empresas –grandes e pequenas– podem crescer a partir do número cada vez maior de informações que as cercam.

    "Dados antes era uma das palavras mais chatas do vocabulário, mas agora é um dos blocos de construção da inovação", diz. "Só que as pessoas precisam conseguir visualizá-la para se importar com ela."

    Por isso, para Ahlstrom, apesar de o vídeo ter sido feito automaticamente com os dados disponibilizados em uma rede social, ele consegue atrair a atenção mais do que um currículo escrito em meio a tantos outros, mesmo que não seja uma ferramenta tão efetiva para arrumar um emprego.

    No entanto, empresas estão usando visualização de informações de uma forma prática em seus negócios.

    A Amazon, por exemplo, monitora quando um usuário entre em seu site pensando em adquirir um produto. Mesmo que ele cancele, o produto é enviado do depósito central para um centro de distribuição próximo à casa do possível comprador, já que a empresa percebeu que as chances de ele voltar alguns dias depois e de fato efetuar a transação são grandes.

    Outro cenário explicado por Ahlstrom é o mapa de check-ins no Foursquare, aplicativo que permite ao usuário dizer aos amigos onde está. Um restaurante poderia ver quais as áreas de uma cidade estão ficando mais badaladas e abrir uma casa lá antes que o local se valorize, se tornando mais caro.

    Ahlstrom também sugeriu combinar os dados do Foursquare com os do Klout, app que dá pontos conforme a influência de uma pessoa nas redes sociais.

    "Se eu fosse um dono de restaurante, eu iria adorar ter uma luz de alerta amarela na minha cozinha que me avisasse toda vez que alguém influente no TripAdvisor entrasse no meu estabelecimento", disse.

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