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    Diretor do Twitter trabalha 18h por dia para reerguer duas empresas

    DE SÃO PAULO

    28/12/2015 16h45

    Stephen Lam/Reuters
    *** FOTO PARA TEC*** Jack Dorsey, founder of Square and Twitter, speaks on stage during day one of TechCrunch Disrupt SF 2012 event at the San Francisco Design Center Concourse in San Francisco, California September 10, 2012. REUTERS/Stephen Lam (UNITED STATES - Tags: BUSINESS SCIENCE TECHNOLOGY) - RTR37SAI ORG XMIT: SFO22 ***DIREITOS RESERVADOS. NO PUBLICAR SEM AUTORIZAO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Fundador do Twitter e do Square tenta equilibrar o comando de duas empresas problemáticas

    Desde que assumiu de novo o comando do Twitter, em outubro, o co-fundador da rede social, Jack Dorsey, está tão atarefado que um alto executivo da empresa precisou fazer as vezes de motorista para ter alguns minutos de sua atenção.

    Omid Kordestani, chairmain da companhia, dirigiu por uma manhã um carro elétrico Tesla enquanto a dupla falava sobre negócios, conta reportagem do "Wall Street Journal", publicada na semana passada.

    Dorsey voltou à direção do Twitter com a missão de capitanear a empresa rumo à saúde financeira. A rede social tem mostrado, trimestre após trimestre, que não consegue gerar lucro ou sequer aumentar significativamente sua base de usuário ativos.

    Semanas após reassumir o comando, o empresário se viu obrigado a demitir 8% de seus funcionários. Não seria uma trabalho nada fácil mesmo se fosse o único diante de Dorsey. Mas, para ele, a rotina é de jornadas dobradas, que chegam a somar 18 horas diárias.

    Enquanto Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, aproveita a licença-paternidade para cuidar do bebê que teve com a mulher, Priscilla Chan, Dorsey não tem trégua. No caso do diretor do Twitter, o nome do outro filho é Square, a empresa de pagamentos de que ele também tem de cuidar sem nunca tirar os olhos do primogênito problemático.

    A abertura de capital do Square, há um mês, colocou Dorsey na posição peculiar de um executivo a administrar duas empresas com ações negociadas nas bolsas de valores. E de agradar a investidores.

    Zuckerberg terá tranquilidade para cuidar do primeiro filme quando ele chegar. O Facebook bateu há muito a marca de 1 bilhão de usuários ativos e o Instagram, rede social de fotografias adquirida por ele e seus investidores, já ultrapassou o Twitter em integrantes.

    Não bastasse os problemas do filho mais velho, Dorsey vê o caçula seguir os mesmos passos do irmão. O Square registrou no último trimestre contábil prejuízo líquido de US$ 54 milhões.

    Não é fácil equilibrar a atenção entre as duas empresas, conta o "Wall Street Journal". Dorsey tipicamente começa o dia em um café entre as duas sedes. Pela manhã, tem reunião com os executivos-chefes do Twitter. À tarde, repete o procedimento com os do Square. Não tem escritório ou sequer mesa em nenhuma das duas empresas.

    Fontes ouvidas pelo jornal novaiorquino dão conta de que o temperamento calmo e inclinado à prática de meditação e ioga de Dorsey ajudaram a levantar a moral da empresa em tempos difíceis.

    Mas gerentes não param de deixar o Twitter, caso do chefe de design, do diretor de estratégias corporativas e do executivo-sênior de engenharia, que saíram ou anunciaram planos para sair da companhia.

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