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    Chineses compram 60% do Grindr, app de paquera gay que vale US$ 155 mi

    DO "NEW YORK TIMES"

    12/01/2016 12h44

    Divulgação
    Tela do aplicativo Grindr, voltado para o público gay masculino; empresa vendeu 60% de suas ações para companhia chinesa
    Tela do Grindr, app voltado para gays; empresa vendeu 60% de suas ações para companhia chinesa

    O Grindr, popular aplicativo de paquera voltado para homens gays, encontrou um parceiro.

    O aplicativo anunciou, nesta segunda-feira (11), a venda 60% da empresa para a Beijing Kunlun Tech, uma companhia chinesa de jogos –o app, que existe há seis anos, foi avaliada em US$ 155 milhões. A Beijing Kunlun adquirirá 60% do Grindr (os empregados da empresa e Joel Simkhai, seu fundador, ficarão com o restante). O Grindr não havia levantado capital de investidores externos até então.

    "Nós temos usuários em todos os países do mundo, mas precisávamos de um parceiro para chegar na próxima fase do nosso negócio e crescer mais rápido", disse, em entrevista, Carter McJunkin, diretor de operações do aplicativo. Segundo McJunkin, o pareamento com a Beijing Kunlun faz sentido por conta da competência digital da empresa chinesa, que concordou em deixar os fundadores do Grindr operando na mesma estrutura e com o time atual.

    Para a Beijing Kunlun, o aplicativo de paquera oferece uma chance de expansão para além dos games e para mercados fora da China.

    "Nós ficamos muito impressionados com o progresso do Grindr até agora e estamos extremamente animados com o futuro da companhia", disse Yahui Zhou, diretor da Kunlun, em um comunicado. "Nós vamos continuar buscando e investindo em companhias de tecnologia."

    Fundado em 2009 por Simkhai com alguns milhares de dólares do seu próprio bolso, o Grindr cresceu para se tornar uma ferramenta importante de paquera para os gays em 196 países ao redor do mundo. O aplicativo de celular permite que os usuários vejam as fotos uns dos outros de acordo com suas localizações e que troquem mensagens.

    O aplicativo recebe, todos os dias, 2 milhões de visitantes regulares, que passam uma média de 54 minutos usando o serviço, de acordo com a companhia. Sua receita foi cerca de US$ 32 milhões em 2014, um aumento de 29% em relação aos US$ 25 milhões em 2013.

    Nos últimos anos, o universo dos aplicativos de paquera vem esquentado, com a InterActive, um conglomerado de mídia digital, tendo adquirido e consolidado sistematicamente serviços de encontros na internet.

    No ano passado, a IAC reuniu seus serviços de paquera em uma companhia separada, o Match Group –cuja joia principal é o Tinder.

    Para crescer para além da sua audiência atual, o Grindr tentou conquistar outros grupos –Blendr foi a tentativa da empresa de uma rede social para outros além de homens gays e bissexuais–, mas a maioria desses esforços fracassou.

    "Nós experimentamos com outras audiências, mas decidimos que nós lidamos melhor com os gays", disse McJunkin. As perspectivas de crescimento da companhia estão em resolver mais problemas para o usuário gay, incluindo coisas como lugares para conhecer e atividades para fazer. "Nós expandimos para ser mais uma companhia de estilo de vida", ele disse.

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