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    Novo 'Street Fighter' reforça estereótipos sobre o Brasil

    BRUNO SCATENA
    DE SÃO PAULO

    15/02/2016 02h00

    Divulgação
    A personagem Laura em traje (minúsculo) de combate
    A personagem Laura em traje (minúsculo) de combate

    É um Rio de Janeiro estranho o representado em "Street Fighter 5". Há a escadaria da Lapa, com seus ladrilhos coloridos, e o Corcovado ao fundo –mas o realismo para por aí.

    No topo do morro imortalizado nas canções da Bossa Nova, o Cristo Redentor foi substituído por algo que se assemelha à taça da Copa do Mundo.

    É de se perguntar se a Capcom, produtora do game, se lembra da traumática derrota por 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira no último torneio mundial. Se é para a taça estar exposta em algum lugar, deveria ser em Berlim.

    E há as passistas também. Tradicionalmente nos jogos da série, os cenários que remontam a vários países são acompanhados por figurantes a torcer pelos combatentes. No Rio deste "Street Fighter", são mulheres em trajes de carnaval a sambar sem nenhuma intimidade com a dança.

    Já seria o suficiente para animar a crítica contra os estereótipos nacionais, não fosse a existência de Laura. Por que uma lutadora de jiu-jítsu usaria roupas minúsculas e calcinha à mostra em um combate é algo que Ono Yoshinori, produtor do game, vai ter de explicar.

    Aliás, já teve: "É uma versão exagerada das mulheres brasileiras" disse em entrevista ao UOL. "E uma preferência pessoal."

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