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    Em 2020 haverá mais gente com celular do que com eletricidade e água, diz estudo

    DA EFE

    16/02/2016 12h11

    Danilo Verpa/Folhapress
     SÃO PAULO, SP, BRASIL, 24-09-2013: Modelos de aparelhos celulares "IPhone, da Apple e da linha Galaxy, da Samsung, para produção de reportagem do caderno "TEC", do jornal Folha de S.Paulo, em São Paulo (SP). (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
    Modelos de celulares; em 2020, haverá mais gente com um telefone móvel do que com eletricidade

    Os celulares estão ganhando a batalha: sua proliferação no mundo foi tal que em 2020 haverá mais pessoas com um do que com eletricidade, água potável e automóveis, segundo as últimas previsões da empresa de tecnologia Cisco.

    Os usuários de dispositivos móveis, incluindo os "phablets" (híbrido entre telefone e tablet), chegarão naquele ano aos 5,4 bilhões, 70% da população estimada para o ano, indica o estudo Visual Networking Index - Global Mobile Data Traffic Forecast, publicado recentemente pela empresa da Califórnia, nos Estados Unidos.

    O número é superior às projeções internacionais sobre o acesso a alguns serviços públicos, como eletricidade (5,3 bilhões) e água potável (3,5 bilhões), ou de outros bens de consumo como os automóveis (2,8 bilhões), segundo a companhia.

    A Cisco calcula que em cinco anos haverá 11,6 bilhões de celulares, dispositivos e conexões, incluindo 8,5 bilhões de telefones pessoais, frente a 7,9 bilhões em 2015. Deles, 67% serão inteligentes, contra 36% em 2015.

    Ninguém imaginava que, desde a chegada do primeiro telefone celular com câmera no ano 2000, o impulso chegasse a tal ponto que, como prevê a Cisco, os celulares sejam em cinco anos os principais responsáveis pela maior quantidade do tráfego na internet, com 72% do total.

    Segundo indica o relatório, os smartphones, os computadores portáteis, os tablets e os "phablets" vão dominar com 98% o eventual tráfego móvel de internet.

    Por regiões, a América do Norte vai continuar liderando em 2020 o número de conexões através de dispositivos móveis (com 95% de seus registros), seguida de perto pela Europa Oriental (86%), Europa Ocidental e Central (84%), Ásia e Pacífico (72%), América Latina (70%) e Oriente Médio e África (52%).

    TROCA DIGITAL

    Esse aumento da cobertura móvel e da demanda por conteúdo nessas plataformas impulsionarão também um crescimento dos usuários duas vezes mais rápido que o da população mundial até 2020, segundo a companhia.

    "A mobilidade é o meio predominante que está permitindo a transformação digital global", destacou em comunicado Doug Webster, vice-presidente da empresa americana.

    Uma troca digital que crescerá a níveis nunca vistos com tantos celulares, 120 vezes mais que em 2010, e que atingirá 366,8 exabytes, equivalentes a 81 trilhões de fotos de Instagram ou 7 trilhões de vídeos de YouTube, frente aos 44,2 exabytes de 2015.

    A velocidade também será um elemento que apresentará uma explosão exponencial nas redes móveis, pois, segundo o estudo, aumentará 3,2 vezes a partir deste anos (2,0 Megabits por segundo) para (6,5 Mbps) em 2020, graças às redes 4G, cujo tráfego crescerá 13 vezes nesse período.

    Gravar vídeos com celular também será uma atividade crescente, com um índice mais alto de avanço que qualquer outro aplicativo e para o qual se prevê que em cinco anos centre 75% do tráfego mundial de dados.

    Os especialistas preveem, além disso, um grande impacto em médio prazo da convergência de tecnologias, como a tendência à conexão à rede de todos os dispositivos que rodeiam o ser humano e acessórios como relógios inteligentes e óculos especiais, além de sensores e o avanço da robótica.

    DESIGUALDADE

    O que não vai acontecer tão depressa é uma multiplicação por igual do tráfego móvel em todos as regiões do mundo, já que depende de sua capacidade econômica e de redes eficazes para abrigá-los.

    Os que liderarão serão Oriente Médio e África, segundo as previsões, ao aumentar em 15 vezes o tamanho de seu fluxo de dados. Vão segui-los Ásia e Pacífico, com 9 vezes; Europa Central e América Latina, com 8; e Europa Ocidental e América do Norte, com 6.

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