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    Mobile World Congress 2016

    Exigências da realidade virtual vão moldar os smartphones do futuro

    BRUNO ROMANI
    ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

    23/02/2016 01h55

    Josep Lago/AFP
    Visitante utiliza o LG 360 VR, modelo para realidade aumentada exibido na Mobile World Congress, em Barcelona
    Visitante usa o LG 360 VR, modelo para realidade aumentada, na Mobile World Congress, em Barcelona

    A realidade virtual, segmento quente do mundo tecnológico, não está definindo apenas o tipo de conteúdo que consumiremos nos próximos anos.

    No Mobile World Congress, um dos principais eventos de telefonia celular no mundo, que acontece até quinta-feira (25) em Barcelona, está ficando claro que a realidade virtual moldará também os smartphones do futuro.

    Diferentes segmentos da indústria estão debatendo quais tipos de equipamentos terão capacidade de oferecer um ambiente virtual poderoso, capaz de realmente proporcionar uma sensação de estar em locais diferentes.

    Para ir além de jogos e vídeos, os telefones precisarão ter mais processamento gráfico, o que ainda deve demorar a chegar. "Produtos com esse tipo de processamento, quando a GPU (unidade de processamento gráfico) é mais importante que a CPU, estarão disponíveis a partir da próxima geração de nossos processadores Snapdragon", disse Cristiano Amon, presidente da Qualcomm, em evento para a jornalistas.

    Detalhe: fazia poucas horas que a companhia havia anunciado seu chip topo de linha, presente por exemplo no Galaxy S7, da Samsung. Não há data para a próxima geração.

    O tipo de conexão também vai importar. Os smartphones do futuro deverão ter capacidade de se conectar à rede 5G.

    Embora operadoras, empresas de infraestrutura e fabricantes de chips ainda não especifiquem quais serão as taxas de velocidade, todos repetem o refrão de que a próxima geração de redes móveis deverá atender as demandas de transmissões de realidade virtual. Não pode engasgar ou ficar lento, caso contrário: adeus experiência.

    "Com 5G, a realidade virtual poderá ajudar pessoas em diferentes lugares a trabalhar juntas sem sentir a distância", disse Alex Jinsung Choi, diretor da operadora sulcoreana SK Telecom.

    Choi espera taxas de até 20 Gbps com o 5G, vinte vezes o alcançado com o 4G. Testes com a próxima geração de redes móveis devem começar em 2018, embora algumas empresas, como a operadora Verizon, dizem já fazer testes. Comercialmente, 5G deverá estar disponível em 2020.

    Enquanto isso, a tecnologia vai roubando a cena em Barcelona. A LG anunciou seu próprio óculos de realidade virtual, o LG 360 VR, enquanto a HTC confirmou a chegada comercial dos seus, o Vive, que estará à venda nos EUA em abril por US$ 800.

    Câmeras para a produção de conteúdo de realidade virtual também foram mostradas, das mais simples, como a Galaxy Gear 360, da Samsung, às com vocação profissional, como a Ozo VR, da Nokia. Até Mark Zuckerberg, criador do Facebook, esteve em Barcelona para falar de realidade virtual.

    "A realidade virtual será a plataforma mais social de todas", declarou.

    O jornalista viajou a convite da Qualcomm

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