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Saturday, 18-May-2024 21:23:16 -03Memorial do Holocausto pede que visitantes parem de caçar Pokémons
DA DEUTSCHE WELLE
13/07/2016 15h28
Poucos dias depois do lançamento do jogo para smartphones Pokémon Go, no qual os usuários buscam personagens virtuais em locais no mundo real, a administração do Museu do Holocausto, em Washington, tenta remover a instituição do aplicativo, que se tornou uma sensação nos Estados Unidos.
O diretor de comunicações do museu, Andrew Hollinger, disse nesta terça-feira (12) que jogar dentro de um memorial dedicado às vítimas do nazismo é algo "extremamente inadequado". Assim como vários outros monumentos, o local se tornou um dos chamados "Pokestops", onde os usuários podem recolher itens virtuais gratuitos dentro do jogo.
Normalmente, o museu encoraja os visitantes a utilizarem seus smartphones para compartilhar e interagir com as exposições, afirmou Hollinger. "A tecnologia pode ser uma importante ferramenta de aprendizado, mas esse jogo está longe da nossa missão educacional e memorial."
O jogo de "realidade aumentada", desenvolvido pelas empresas Pokémon Company International, Niantic e Nintendo, utiliza o mapeamento de GPS e os sistemas de câmeras dos celulares para que os usuários possam coletar os personagens do desenho animado japonês, muito popular nos anos 1990.
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O Cemitério Nacional de Arlington, no estado de Virginia, também tenta proibir o jogo dentro das suas dependências. "Jogar games como o Pokémon Go neste solo sagrado não deve ser considerado algo apropriado", afirmou o porta-voz do local, onde estão sepultados militares americanos mortos em combate.
O aplicativo lançado na última quinta-feira nos EUA, na Austrália e na Nova Zelândia subiu rapidamente para o topo da lista dos mais baixados da empresa de tecnologia Apple nos EUA, e já está em mais celulares americanos que utilizam o sistema Android do que o popular aplicativo de paqueras Tinder. O número de usuários dos EUA ativos por dia praticamente se igualou ao da rede social Twitter.
Nesta terça-feira, um senador americano pediu que a Niantic esclarecesse a política de proteção de dados do jogo, devido a preocupações de que o aplicativo estaria coletando uma enorme quantidade de informações dos usuários.Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
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