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    Facebook não se tornará empresa de mídia, diz Zuckerberg

    DA REUTERS

    29/08/2016 16h42

    Paul Sakuma/Associated Press
    Zuckerberg afirma que Facebook continuará sendo uma plataforma de tecnologia
    Zuckerberg afirma que Facebook continuará sendo uma plataforma de tecnologia

    O Facebook não se tornará uma empresa de mídia, disse seu fundador e presidente-executivo, Mark Zuckerberg, nesta segunda-feira (29), afirmando a estudantes que a empresa continuará sendo uma plataforma de tecnologia.

    Um número cada vez maior de usuários está se voltando às redes sociais, como Facebook e Twitter, para encontrar notícias, mas Zuckerberg disse que sua empresa não tem ambições de se tornar uma provedora de conteúdo.

    "Não, nós somos uma empresa de tecnologia, não uma empresa de mídia", disse Zuckerberg, após um jovem italiano perguntar a ele se o Facebook pretendia se tornar uma editora de notícias.

    Embora tenha consciência do papel que o Facebook tem em oferecer notícias aos usuários por meio de suas conexões e ressaltando as vantagens de obter informações de diferentes partes do mundo. "Nós produzimos ferramentas, não criamos qualquer conteúdo", afirmou Zuckerberg.

    "Esse mundo precisa de empresas de mídia, mas também de plataformas de tecnologia, como a que fazemos. Nós levamos nosso papel nisso muito a sério", disse ele, falando na Universidade Luiss, em Roma.

    PAPA

    Mais cedo nesta segunda-feira, Zuckerberg e sua mulher, Priscilla Chan, tiveram um encontro privado com o papa Francisco para falar sobre como ajudar os mais pobres, anunciou o Vaticano em um comunicado. Os três conversaram sobre como utilizar as tecnologias de comunicação para paliar a pobreza, estimular a cultura do encontro, fazer chegar uma mensagem de esperança, principalmente as pessoas mais desfavorecidas, segundo o comunicado emitido.

    Zuckerberg contou que deu ao papa um modelo de Aquila, o drone movido a energia solar do Facebook que tem meta de ampliar o acesso à internet em lugares com pouca infraestrutura.

    "Discutimos a importante de conectar as pessoas, especialmente em partes do mundo sem acesso à Internet", disse Zuckerberg.

    Na mensagem por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais, o papa defendeu um "bom uso da comunicação, que ajude a sair dos círculos viciosos das condenações e das vinganças".

    Em janeiro, o papa já se reuniu com outra grande nome das novas tecnologias, o CEO da Apple, Tim Cook, e com o presidente executivo do Google, Eric Schmidt.

    CURADOR, NÃO PRODUTOR

    O discurso de Zuckerberg é recorrente e, por vezes, a empresa recebe reclamações de que está suprimindo informações por meio da curadoria feita nos trending topics e pelo algoritmo da rede, que determina o que cada usuário vê de acordo com seus hábitos de navegação na internet.

    Em maio, o Facebook abriu uma "investigação completa sobre as acusações de que editores da empresa haviam impedido reportagens de veículos de mídia conservadores de aparecer em uma seção do serviço de redes sociais", de acordo com o "New York Times".

    Com isso, veio à tona uma questão mais óbvia que muitos não tinham levado em conta. De acordo com o jornal americano, as declarações de Zuckerberg evidenciaram a equipe de editores que o Facebook —que não divulgada o número de pessoas que desempenham esta função— e outras grandes empresas de mídias sociais montaram para selecionar, adequar e preencher lacunas no material produzido por usuários e companhias de mídia.

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