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    Fãs de 'League of Legends' esquecem frio para torcer por time brasileiro

    BRUNO B. SORAGGI
    DE CURITIBA

    05/09/2016 09h55

    A chuva e o frio que deram o clima a Curitiba (PR) no sábado (3) e no domingo (4) não foram suficientes para desanimar os fãs do jogo "League of Legends", que encheram a plateia do teatro Ópera de Arame. Com 2.000 ingressos vendidos para os dois dias de evento, o cartão-postal da capital paranaense recebeu no fim de semana a etapa final do "International Wildcard Qualifier", primeiro torneio internacional de game realizado no Brasil.

    "Nunca tinha visto um campeonato ao vivo. É muito legal ver como tudo funciona por trás da tela", afirma o estudante Angelo Augusto, 20. Jogador de "LoL" (como o título é chamado entre os adeptos) por diversão, ele costuma assistir às transmissões realizadas por sites dedicados a isso —hábito comum entre a atual geração de "gamers" e entusiastas.

    Para Celso Ribeiro, 63, também foi a primeira experiência de assistir presencialmente ao que seu filho João Paulo, 12, "joga bastante". Ele e a mulher saíram da cidade de Jataizinho para levar o garoto ao evento. "Estou achando muito bonito. O pessoal compartilha bastante, respeita os adversários...", avalia o professor aposentado.

    Vestida com uma fantasia da personagem Ahri que ela mesmo fez com a ajuda do namorado, a designer Renata Melo, 25, viajou de Joinville até a capital paranaense para se reunir com seus amigos em outro campeonato de "LoL", como ela diz fazer desde 2014. "Sempre viajo para assistir. Fui a vários em São Paulo. Gosto do clima", conta.

    Com gritos de apoio e olhos grudados nos telões em que as partidas eram transmitidas em tempo real enquanto os cinco integrantes de cada time jogavam em computadores enfileirados no palco principal, a quase totalidade da torcida estava no local para apoiar a equipe INTZ, atual campeã brasileira e representante do país neste "IWCQ".

    No sábado, o time com sede em São Paulo enfrentou os turcos do Dark Passage. Após vencer por 3 a 2 no esquema de melhor de cinco partidas que durou das 19h20 até por volta da 0h40 de domingo, a INTZ se classificou para uma vaga no campeonato mundial do game, que será disputado nos Estados Unidos entre 29 de setembro e 29 de outubro em lugares como o Madison Square Garden, em Nova York, e no Staples Center, em Los Angeles..

    "Sempre fico apreensivo", conta Vanderlei Santos, 61, que diz acompanhar o filho em todas as competições. Ele é pai do carioca Gabriel Henud, 20, mais conhecido como "Revolta" —um dos integrantes mais celebrados da INTZ, que ainda conta com "Micao", "Jockster", "Tockers" e "Yang" (apelidos adotados no jogo). "Mas ele e o time treinam muito", afirma.

    No domingo, os russos da Albus Nox venceram os mexicanos da Lyon Gaming —também por 3 a 2— e ficaram com a segunda vaga no mundial decidida em Curitiba.

    "League of Legends" é um dos jogos mais populares do meio de e-sports, como vem sendo chamado o mercado de competições profissionais de jogos eletrônicos. Segundo a Riot Games, produtora e distribuidora do game lançado em 2009, o título conta atualmente com 67 milhões de jogadores ativos.

    Em julho deste ano, a final do CBLoL (Campeonato Brasileiro de "League of Legends") foi realizada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e reuniu, de acordo com a organização, 10 mil pessoas. Em 2015, a decisão foi disputada no Allianz Parque e contabilizou 12 mil pessoas presentes, segundo a Riot Games.

    O repórter viajou a convite da Riot Games.

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