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    Alemanha manda Facebook apagar dados dos usuários do WhatsApp

    DA REUTERS

    27/09/2016 12h07 - Atualizado às 16h22

    Justin Sullivan/Getty Images/AFP
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    Alemanha manda Facebook apagar dados dos usuários do WhatsApp

    Um órgão regulador da Alemanha mandou o Facebook parar de coletar e armazenar dados de usuários alemães do WhatsApp e emitiu ordem para que a rede social apague todos essas informações que já recebeu do aplicativo de mensagens.

    O Comissariado de Proteção de Dados e Liberdade de Informação de Hamburgo afirmou que o Facebook está infringindo lei de proteção de dados e que não obteve aprovação efetiva dos 35 milhões de usuários do WhatsApp na Alemanha.

    "Depois da compra do WhatsApp pelo Facebook há dois anos, ambos os lados publicamente asseguraram que os dados não seriam compartilhados entre eles", disse o comissário Johannes Caspar, em comunicado.

    "O fato de que isso esteja acontecendo agora não é apenas um sinal de que eles enganaram o público, como também constitui infração à lei de proteção de dados nacional", disse Caspar.

    O Facebook, que tem escritórios em Hamburgo e por isso está sujeito à jurisdição de Caspar, afirmou em comunicado que vai apelar e que cumpriu com a legislação de proteção de dados da União Europeia. A empresa comprou o WhatsApp por US$ 19 bilhões.

    O órgão alemão afirmou que o Facebook e o WhatsApp são companhias independentes que deveriam processar os dados dos usuários com base em seus próprios termos e condições e políticas de privacidade.

    A decisão do comissariado de Hamburgo acontece depois que a UE e autoridades dos Estados Unidos afirmaram que vão avaliar as mudanças nas definições de privacidade divulgadas pelo WhatsApp em agosto.

    MUDANÇA NA PRIVACIDADE

    A manobra do Facebook para afrouxar a política de privacidade do WhatsApp, aplicativo de mensagens mais popular do mundo, vai ser minuciosamente avaliada, disse o presidente do principal grupo europeu de reguladores de privacidade no fim de agosto.

    O WhatsApp, que tem mais de um bilhão de usuários, anunciou em agosto que passaria a compartilhar alguns dados dos usuários com o Facebook, ajudando a rede social a colocar anúncios e recomendações de amizade.

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