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    Provedores melhoram proteção de dados de usuários no Brasil, diz pesquisa

    RAPHAEL HERNANDES
    DE SÃO PAULO

    27/04/2017 18h55 - Atualizado às 12h05

    Quatro das cinco maiores empresas de telecomunicações do Brasil melhoraram na proteção dos dados dos seus clientes em 2016 em relação a 2017.

    A informação vem do estudo "Quem defende seus dados?", publicado nesta quinta-feira (27) pelo centro de pesquisa InternetLab em parceria com a ONG EFF (do inglês, Fundação Fronteira Eletrônica). Essa é a segunda edição do estudo no Brasil. A primeira foi no ano passado.

    "Estamos vendo progresso", afirmou Kurt Opsahl, vice-presidente da EFF. "Acho que a tendência é muito positiva".

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    Estudo diz que empresas de telefonia melhoraram na proteção de dados dos seus clientes
    Estudo diz que empresas de telefonia melhoraram na proteção de dados dos seus clientes

    Apesar da evolução apontada no estudo, nenhuma operadora notifica os usuários caso eles tenham seus dados repassados a agentes do Estado.

    A pesquisa considerou seis critérios ligados à manutenção da privacidade dos usuários e avaliou as operadoras conforme seu desempenho em cada um deles, mas não foi feito um ranking.

    Entre os pontos analisados estão a transparência no armazenamento dos dados e na entrega dessas informações a autoridades. A defesa da privacidade dos clientes no Judiciário também fez parte do levantamento.

    Na avaliação, Vivo e Oi tiveram os maiores avanços em relação ao ano passado. A Net foi quem mais caiu.

    Um dos pontos que mais melhoraram na comparação com a edição anterior foi no posicionamento público em favor da privacidade.

    "É importante que o usuário saiba o que a empresa acha", diz Francisco Cruz, diretor da InternetLab.

    Entre operadoras as analisadas, a Vivo é a única que publica relatórios sobre a quantidade de pedidos de informação que autoridades fizeram sobre seus clientes.

    O resultado da pesquisa aponta certa inconsistência entre as operadoras. Parte das companhias vão bem em algumas categorias, mas se saem mal no restante.

    "Elas podem aprender umas com as outras", afirmou Jacqueline Abreu, pesquisadora da InternetLab. "No futuro, elas podem passar a publicar suas políticas de privacidade na oferta de acesso à internet".

    Veja a íntegra do estudo.

    Reprodução
    Pesquisa da InternetLab analisa como empresas brasileirasdefendem a privacidade de seus clientes
    Pesquisa da InternetLab analisa como empresas brasileiras defendem a privacidade de seus clientes

    OUTRO LADO

    Em nota, Net e Claro afirmaram apenas que "cumprem rigorosamente a legislação vigente".

    A Tim destacou os "importantes resultados" na pesquisa e diz acreditar que a transparência "está em linha com os pilares de atuação da companhia".

    Oi e Vivo optaram por responder por meio do SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal).

    Em nota, o SindiTelebrasil afirmou que os serviços de telecomunicações atuam no sentido de preservar o sigilo de dados de seus clientes e que eles cumprem a legislação vigente.

    "Ressaltamos ainda que, diferentemente de outras empresas, as prestadoras de serviços de telecomunicações não exploram comercialmente os dados de seus usuários, tanto na sua utilização como contrapartida à prestação de serviços quanto na comercialização direta dos mesmos a terceiros", diz a o sindicato.

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