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    Comentários de pedofilia levam empresas a tirar anúncios do YouTube

    DA REUTERS
    DO "FINANCIAL TIMES"

    24/11/2017 17h36

    Dado Ruvic - 29.out.14/Reuters
    . 29/10/2014 REUTERS/Dado Ruvic
    Pessoas posam com celulares em frente a projeção de logo do YouTube em Zenica, Bósnia-Herzegóvina

    Mondelez, Mars, Hewlett-Packard, Deutsche Bank e Lidl vão retirar sua publicidade do YouTube depois que o jornal "Times" e a BBC descobriram que o site de compartilhamento de vídeos apresentava imagens de crianças pouco vestidas ao lado de anúncios de importantes marcas.

    Comentários de centenas de pedófilos foram publicados ao lado dos vídeos, que pareciam ter sido carregados pelas próprias crianças, de acordo com uma investigação do "Times". Um vídeo de uma pré-adolescente em uma camisola atraiu 6,5 milhões de visualizações.

    O jornal disse que o YouTube, que pertence ao Google, permitiu que imagens sexualizadas de crianças fossem buscadas facilmente ​​e não cumpriu a promessa de monitorar e policiar melhor seus serviços para proteger as crianças.

    Em resposta, um porta-voz do YouTube disse: "Não deveria haver nenhum anúncio vinculado a esse conteúdo e estamos trabalhando com urgência para corrigir isso".

    A rede de varejo alemã Lidl, a Diageo —dona da vodca Smirnoff e do uísque Johnnie Walker— e as fabricantes de chocolate Mondelez e Mars confirmaram que retiraram campanhas publicitárias do YouTube.

    "Estamos chocados e horrorizados ao ver que nossos anúncios apareceram ao lado de conteúdo abusivo e inapropriado", disse a Mars em comunicado.

    "Tomamos a decisão de suspender imediatamente todas as nossas propagandas on-line no YouTube e no Google globalmente ... Até termos certeza de que as medidas apropriadas estão em vigor não anunciaremos no YouTube e no Google".

    Em comunicado, a Hewlett-Packard também se disse chocada com o fato de seus anúncios terem sido publicado ao lado de vídeo num contexto inapropriado e que o Google errou na classificação do conteúdo.

    Johanna Wright, vice-presidente de gerenciamento de produtos do YouTube, prometeu uma aplicação mais rígida das diretrizes de usuários, removendo anúncios inadequados, bloqueando comentários inapropriados em vídeos com menores e fornecendo orientação para criadores de conteúdo familiar.

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