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    Estampada no uniforme da seleção, Nike é a mais lembrada

    LUCAS HIRATA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/10/2012 22h50

    Quando se fala em Copa do Mundo, a Nike é a marca mais lembrada pelos brasileiros.

    Com uma estratégia de identificação com o esporte, a patrocinadora do jogador Neymar driblou fortes concorrentes.

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    Editoria de Arte/Folhapress

    No total, teve 13% das citações –mais que os parceiros oficiais do mundial da Fifa, Coca-Cola e Adidas (6% cada uma).

    Deixou para trás também o Brasil (4%) e a própria seleção (1%), que também apareceram na lista de citações da pesquisa Datafolha, já que as respostas são espontâneas.

    A marca campeã é mais lembrada principalmente nas regiões metropolitanas, com 17%, mesma taxa obtida entre a população das classes A e B.

    Do total de entrevistados, 39% não soube citar nenhuma marca -índice que cai para 28% entre os homens e aumenta para 49% entre as mulheres.

    A Nike explora três fundamentos para ser bem sucedida: a autenticidade dos produtos, a identificação com o público e a escolha criteriosa de seus parceiros.

    "Quando a marca entrou no futebol, não queria participar de um jogo qualquer", conta Mario Andrada, diretor de comunicação da empresa para a América Latina. "Buscávamos um futebol irreverente, de jogadas bonitas."

    A seleção brasileira foi uma das primeiras a entrar para o portfólio de times nacionais patrocinados pela empresa no mundo. O apoio à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) começou em 1995, poucos meses depois da conquista do tetra pela equipe de Romário, Taffarel e Bebeto.
    Na mesma época, a companhia fechava um outro contrato com um jovem de dribles rápidos e tiros certeiros: Ronaldo Nazário, futuro "Fenômeno". Depois, vieram Roberto Carlos, Robinho, Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato, Ganso e Neymar.

    "Somos uma marca de origem americana com atuação global, mas nossa forma de pensar é como o Brasil no futebol: com um pouco de irreverência, modernidade, capricho, bom gosto e classe", afirmou o diretor Andrada.

    Para a coordenadora do curso de gestão e marketing do esporte da pós-graduação da ESPM, Clarisse Setyon, os consumidores precisam enxergar um estilo de vida comum à marca e aos atletas que ela patrocina. "O público ficaria confuso se a Nike, que tem essa imagem irreverente, patrocinasse um cara calmo e sério como o Messi."

    Ilustração Fernando Volken Togni

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