Tratamento que combata o vírus da dengue ainda não existe, mas procedimentos simples podem aliviar sintomas como febre e dor. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde, repouso e hidratação geralmente resolvem o problema. No entanto, em casos graves e quando o paciente faz parte de grupos de risco, é recomendada a internação hospitalar.
O paciente que apresentar sinais de alarme como dor abdominal, vômitos persistentes, sangramento de mucosas e letargia (perda temporária dos movimentos) deve ser internado por pelo menos 48 horas. É recomendada hidratação por via endovenosa. O paciente terá avaliado seu hematócrito (porcentagem de sangue ocupado por hemácias, que quando está alta pode indicar desidratação) até estabilização.
Também podem ser internadas crianças, grávidas, idosos e pessoas com doenças renais e diabetes, além daqueles que têm difícil acesso ao hospital, mesmo sem sinais de alarme. Ao menos é necessário acompanhamento até o resultado de exames.
Quando há sinais de choque, como hemorragia, sangramento intenso ou disfunção grave de órgãos, o paciente deve ir para terapia intensiva e o tratamento envolve hidratação intravenosa e repouso até melhora comprovada pelos exames.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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| Entenda os riscos da dengue. |
Na ausência de sinais de alarme ou de choque e não fazendo parte dos grupos de risco, o paciente pode ser orientado a se recuperar em casa, desde que possa ingerir líquidos e urinar normalmente. Deve descansar, hidratar-se por via oral e pode ser orientado a tomar paracetamol (máximo de 4 g por dia) para alívio dos sintomas.
É importante o paciente não tomar aspirina (ácido acetilsalicílico), que tem efeito anticoagulante e pode causar ou piorar hemorragias. Outros anti-inflamatórios como diclofenacos e ibuprofeno também devem ser evitados, pela mesma razão.
GABRIEL ALVES é trainee do 2º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde, patrocinado pela Pfizer. 'Dengue" é o projeto final da turma.
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