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    Locações mais impressionantes, como lagos glaciais, estão na ilha Sul da Nova Zelândia

    VANESSA BARBARA
    COLUNISTA DA FOLHA, ENVIADA ESPECIAL À NOVA ZELÂNDIA

    05/12/2013 04h00

    A despeito dos atrativos geotermais e do ar idílico da ilha Norte, as locações mais impressionantes se encontram na ilha Sul, um território menos habitado e tomado por florestas alpinas, fiordes, lagos glaciais e cachoeiras de gelar o sangue (esta repórter chegou a chorar de frio durante um passeio de jet boat).

    Entre os cenários deste próximo filme está o rio Pelorus, onde os anões são arremessados dentro de barris na tentativa de fugir de um grupo de elfos. A Pelorus Eco Adventures oferece passeios de caiaque pela região onde a cena foi filmada, com águas esverdeadas e rochas brancas.

    Saindo de Nelson, quem deseja alcançar o ponto onde a Sociedade do Anel se esconde dos corvos de Sauron e chora a perda de Gandalf deve contratar os serviços da Nelson Helicopters ou da Tasman Helicopters, com pilotos que efetivamente ajudaram nas filmagens.

    Os tours aéreos custam R$ 660 por pessoa e sobrevoam estranhas formações rochosas de áreas como o monte Owen, monte Olympus, lago Boulder, Canaan Down e Harwood's Hole.

    Para visitar o local onde se construiu Edoras, capital de Rohan, os turistas podem contratar a empresa Hassle-Free Tours (hasslefree.co.nz), que sai do centro de Christchurch.

    O passeio de jipe pela região do monte Potts tem a duração de oito horas e meia, com direito a uma vista de 360 graus sob a mesma perspectiva da personagem Eowyn, além de panorâmicas das Montanhas da Névoa e do Abismo de Helm.

    A partir de Queenstown, a capital da aventura, as ofertas de atividades surgem às dezenas.

    Os fãs mais radicais podem fazer bungee jumping na ponte do rio Kawarau, que no filme fez as vezes de rio Anduin. A altura da queda é de 43 metros, neste que é considerado o primeiro bungee do mundo --o salto inaugural foi há 25 anos, em novembro de 1988. Fazendo pouquíssimo caso de seu instinto evolucionário de autoconservação e perpetuação da espécie, esta repórter passou pela experiência e teve a incômoda sensação de que o cérebro estava se descolando do crânio a uma velocidade de 80 km/h. A despeito do aneurisma iminente, é possível apreciar a paisagem, sobretudo quando se sobrevive.

    Saindo (ileso) de lá, a sinuosa estrada que leva até a vinícola Chard Farm contém uma vista espetacular para o rio esverdeado, no ponto preciso onde foram erguidos digitalmente os pilares dos Argonautas. A Chard Farm oferece uma degustação de pinot noirs e outros vinhos produzidos no local, com interessantes explicações do simpático Dave Laurent.

    Para aqueles que, por questões de sensatez ou evolucionismo, não aprovam o arremesso de si próprio em cima de uma ponte, mas gostariam de chegar mais perto do rio Kawarau, uma opção é fazer rafting. A empresa Extreme Green Rafting organiza passeios, com equipamento incluso (trajes impermeáveis, botas, coletes, capacetes e remos).

    A partir do centro de Queenstown, é possível fazer uma série de excursões temáticas de um dia inteiro ou metade do dia, como as promovidas pela Nomad Safaris. Os passeios de jipe sobem através das Remarkables, cordilheira que serviu de inspiração para as Montanhas da Névoa, e oferecem uma vista panorâmica de Deer Park Heights, utilizada nas cenas dos refugiados de Rohan e na batalha contra os wargs. Depois passam por Arrowtown, onde Isildur perdeu o anel, e Skippers Canyon, onde Arwen cavalga com Frodo para longe dos vilões.

    Também é possível ir pelo ar com empresas como a Glacier Southern Lakes Helicopters, cujo piloto Alfie Speight ajudou nas tomadas áreas dos filmes. Nesse caso, não deixe de sobrevoar o monte Earnslaw, onde, em "O Hobbit", Bilbo continua sua jornada após sair de Rivendell. Vale a pena conhecer toda a área montanhosa e gélida de Te Anau, com destaque para os estreitos de Milford e Doubtful, além do lago Manapouri, que serviu de base para os territórios ao sul de Rivendell.

    Outra boa forma de explorar essa região --de clima inóspito e difícil acesso-- é fazer um passeio de caiaque pelo rio Dart, saindo de Glenorchy. Pode-se remar como um elfo através de riachos escondidos, lagos cristalinos e piscinas rochosas do parque nacional de Monte Aspiring, ainda que a experiência seja às vezes cansativa. Durante a jornada dá para vislumbrar as imponentes montanhas que serviram como cenário para Isengard.

    Na volta a Glenorchy, o guia vai mostrando uma região compreensivelmente chamada de Paradise (Paraíso), onde foram filmados o território de entrada de Lothlórien (terra de Galadriel) e Amon Hen, onde Merry e Pippin são capturados pelos orcs. Há também a opção de fazer um passeio a cavalo pela área, promovido pela Dart Stables.

    Saindo da cidade de Alexandra, no extremo sul da ilha, a dica para os que sobreviveram à jornada e ainda têm energia é alugar uma bicicleta e seguir a Otago Central Rail Trail. O ponto final é Poolburn Dam, um lago muito azul com vista para Rohan, que é também uma das locações preferidas de Peter Jackson.

    CAIAQUE COM A PELORUS ECO ADVENTURES
    SITE kayak-newzealand.com
    QUANTO R$ 180

    PASSEIO DE HELICÓPTERO
    SITE nelsonhelicopters.co.nz
    QUANTO R$ 660

    JIPE PELO MONTE POTTS
    SITE hasslefree.co.nz
    QUANTO R$ 463

    OTAGO CENTRAL RAIL TRAIL
    SITE otagocentralrailtrail.co.nz
    QUANTO R$ 18,90 (para entrar na trilha)

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