Céu azul, sem nuvens, chão de terra e pedregulhos, uma ou outra planta rasteira, lagoas turquesas e, ao fundo, vulcões assimétricos ou montanhas com um pouquinho de neve na ponta. São as paisagens do Atacama que fazem entender por que há povoados em meio ao árido deserto. Durante a viagem, o turista fará basicamente uma coisa: buscar –e encontrar– belas imagens da natureza.

A 15 km do povoado de San Pedro de Atacama, o Vale da Lua pode ser visitado de bicicleta –lembrando que é preciso fôlego para a pedalada a 2.500 metros de altitude.

Em chão de terra, minerais e gesso, vê-se um pouco do que parece ser o piso lunar. Rodeado por morros que, dependendo da luz, assumem cores diferentes, o vale reúne esculturas formadas pela erosão, como as "Três Marias", que, com imaginação, parece a santa em momentos diferentes.

	Magê Flores/Folhapress
	A lagoa Miscante, no Atacama

Em uma mudança de cenário, o salar do Atacama (terceiro maior do mundo) tem chão coberto de sal e é rodeado por montanhas e vulcões.

De lá, os guias levam à Reserva Nacional Los Flamingos, onde de longe se observam, na lagoa Chaxa, aves de três espécies (andina, chilena e de james). Em agosto, costuma ocorrer o cortejo em que, se houver pouca gente e muita sorte, é possível vê-los "marchando" juntos.

A 4.000 metros de altura estão as lagoas altiplânicas Miscante e Miñique. Ser turista nesse cenário é se sentir um estranho. Trilhas formadas por pedrinhas apontam onde pisar para observar e registrar uma das paisagens mais estonteantes do Atacama. Ao pé de vulcões, vicunhas (animal parente da lhama) correm ao redor da celeste lagoa Miscante, cena que lembra documentários da National Geographic.

É possível entrar em uma dessas lagoas. Em outro ponto do deserto, busque seu espaço entre europeus, americanos e orientais e experimente a água extremamente salgada da lagoa Cejar. A alta concentração de sal e lítio fará com que seu corpo flutue enquanto se ouve "uau!", "nossa!" e "que incrível!" em vários idiomas. O local tem um espaço com chuveiros de água doce que devem ser usados em seguida para evitar que pele e roupa fiquem brancos de tanto sal.