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    Intercâmbio de férias no exterior concilia estudo de língua e cultura

    MARIANA BOMFIM
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    20/06/2014 02h00

    A procura por intercâmbios de férias no exterior está aumentando fora das capitais, segundo o presidente da Belta (Brazilian Educational and Language Travel Association), Carlos Robles. "É cada vez mais comum escolas de idiomas de cidades de pequeno e médio porte organizarem grupos para viajar", ele afirma.

    Nos intercâmbios de férias, que acontecem tanto em julho quanto em dezembro e janeiro, os jovens ficam hospedados nos dormitórios de escolas ou universidades no país de destino. Como os alunos destas instituições também estão em férias, as empresas estrangeiras parceiras das agências brasileiras alugam os quartos.

    Embora cada programa tenha regras próprias, incluindo idades mínima e máxima, que variam de sete a 17 anos, Robles afirma que a maioria dos estudantes tem entre 12 e 16 anos e não é exigido nível mínimo de proficiência na língua. Durante a viagem, eles têm aulas de idioma e participam de atividades culturais e de lazer.

    Na agência Interconnect, em Curitiba, por exemplo, há programas que incluem visita aos estádios dos clubes Real Madrid, na Espanha, e Chelsea, na Inglaterra. A agência também leva a outros países, como Suíça, Estados Unidos, França e Itália. "Antes de escolher o destino e o programa, os pais precisam decidir que tipo de conteúdo eles querem que o jovem adquira e qual língua querem que ele desenvolva", diz Cláudio Roberto Kleiner, proprietário da empresa.

    Além da imersão cultural e do aprendizado do idioma com nativos, os intercâmbios de férias promovem a autonomia dos jovens. "Longe dos pais, eles aprendem a administrar sozinhos algumas situações e serem mais independentes", diz Isabel Cristina Matos, diretora da ICCE, que atua no Rio de Janeiro e em São Paulo. "É interessante para o jovem começar a cortar o cordão umbilical."

    Ela observa, contudo, que os pais precisam avaliar se o filho vai conseguir se adaptar à rotina do intercâmbio longe deles. "Percebo que os pais brasileiros são mais protetores e acabam optando por mandar os filhos mais velhos, a partir dos 12 anos."

    INTERCÂMBIO LETIVO

    Em expansão no interior, nas capitais a procura pelo intercâmbio de férias tende a diminuir, de acordo com Robles. "Os pais estão preferindo investir em programas de maior duração, nos quais os jovens cursam de seis meses a um ano do ensino médio em outro país", ele diz. De fato, o investimento mensal no programa letivo em relação ao de férias compensa. "O intercâmbio de férias custa, em média, US$ 5.000 por mês", afirma Kleiner. "O do ensino médio custa cerca de US$ 9.500 por ano."

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