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    Começa a temporada de avistagem de baleias no litoral brasileiro; assista

    GUSTAVO SIMON
    ENVIADO ESPECIAL A CARAVELAS (BA)

    21/08/2014 02h00

    Com câmeras nas mãos e olhar à procura de um ponto escuro no mar, 14 turistas se amontoam na proa do catamarã, ansiosos.

    Basta o som semelhante a um suspiro de enfado ser ouvido para o quadro mudar: câmeras disparam, olhos percorrem o horizonte próximo, corpos se agitam, gritos de "Que lindo!" e "Ali, ali!" são ouvidos –também dos guias.

    O "suspiro", na verdade, são esguichos de água dados pelas jubartes quando sobem à superfície para respirar.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A reportagem da Folha esteve no litoral sul da Bahia para acompanhar um passeio de observação dessas baleias.

    Jubartes frequentam a costa brasileira –baiana, principalmente– entre julho e novembro para reprodução.

    Nesta época, é quase certo que o turista encontrará baleias nesse tipo de passeio.

    Programas de conservação e a proibição da caça levaram a um crescimento populacional suficiente para, em maio, a espécie ter deixado a lista de animais ameaçados de extinção no país. O mês de agosto marca o início do pico de avistagens no litoral baiano, que vai até setembro.

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    SÓ DA AREIA

    Outro polo do turismo de observação de baleias no Brasil, Santa Catarina enfrenta um imbróglio que vai comprometer a atividade pela segunda temporada.

    No ano passado, em maio, o Ministério Público acatou a ação de uma ONG que resultou na suspensão dos passeios; o ICMBio, responsável pela APA (Área de Proteção Ambiental) da Baleia-Franca, recorreu da decisão, mas não conseguiu revertê-la.

    Em maio deste ano, uma audiência de conciliação entre a ONG, o Ministério Público e a direção da APA determinou que essa última apresente um novo projeto de gestão da área, que avalie o impacto e garanta a segurança da atividade, para animais e turistas.

    "O prazo que nos foi dado não se mostrou suficiente, então pedimos mais 60 dias", afirma Luciana Moreira, chefe em exercício da APA.

    Com a extensão, o projeto só será analisado a partir de outubro –o que inviabiliza os passeios para esta temporada, que iria até novembro.

    "Mas, como a franca tem hábitos costeiros, é possível observar indivíduos da praia ou de costões", explica a bióloga Karina Groch, diretora do Projeto Baleia-Franca.

    Ela indica pontos como os cantos das praias de Itapirubá, em Laguna, da Ribanceira, em Imbituba, e Siriú, em Garopaba.

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