No mercado, ao lado da barraca do fruteiro, não há necessariamente o vendedor de legumes, mas um chef, que prepara "tapas" para serem saboreadas ali mesmo, em mesinhas próximas.

(E também é possível que o fruteiro e o verdureiro façam suas versões dos petiscos típicos espanhóis.)

Esse tipo de estabelecimento, de comida rápida e relativamente barata –boa pedida para turistas–, tem ganhado força na capital espanhola, Madri.

Só em 2014, três espaços do gênero foram abertos: o Mercado de San Ildefonso (em Malasaña), El Huerto de Lucas e o Platea, o mais espetaculoso deles (os dois últimos no bairro de Chueca).

Com 5.800 metros quadrados e capacidade para mil pessoas, desde junho o Platea ocupa um antigo cinema.

Editoria de Arte/Folhapress

Onde ficam os mercados de tapa em Madri

Além do mercado propriamente dito (diminuto, no térreo), ele tem quatro andares com 19 barracas de comida -em algumas cozinham quatro chefs espanhóis com estrelas do guia "Michelin", Pepe Solla, Marcos Morán, Ramón Freixa e Paco Roncero.

Próximo dali, El Huerto de Lucas, inaugurado em maio, tem perfil mais despretensioso: dez postos, de açougue a sorveteria, que trabalham só com ingredientes orgânicos.

No centro do agradável salão há uma claraboia da qual pendem dezenas de vasinhos, que deixam o ambiente claro e verde, como cai bem à proposta natureba.

O Mercado de San Ildefonso, em Malasaña, também aberto em junho, ocupa um prédio quase vizinho a outro que, demolido nos anos 1970, havia abrigado o primeiro mercado coberto da capital espanhola.

Com decoração moderna e ares de galpão industrial, ele tem um salão de pé-direito alto e um gostoso jardim externo.

Suas 18 barracas e três bares, que lembram mais os locais que são a pedra fundamental dessa onda em Madri: os mercados de San Antón (revitalizado em 2011) e de San Miguel (de 2009, instalado em um edifício de 1916).

O jornalista viajou a convite da Tour Spain