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    Sistema de fiscalização da PF pode ser invasão da privacidade, diz advogado

    GUSTAVO SIMON
    DE SÃO PAULO

    02/10/2014 02h00

    O novo sistema de fiscalização da Receita em aeroportos vai funcionar com base em dados fornecidos pela Polícia Federal e pelas companhias aéreas.

    Entram na análise para definir os passageiros "de risco", por exemplo, quantas vezes a pessoa esteve em tal país nos últimos meses e o peso de sua bagagem na ida e na volta.

    Para o advogado tributarista Ives Gandra Martins, as medidas podem ser inconstitucionais. "Exigir que as companhias informem dados como o roteiro que a pessoa fez na viagem representa invasão da privacidade", afirma ele, que diz compreender a necessidade da Receita reforçar o controle.

    Segundo o órgão, no entanto, nenhum sinal foi avançado. "As informações já são fornecidas; o que vai mudar é só o tratamento dado a elas", diz o subsecretário substituto de Aduana, Luís Felipe Reche.

    Segundo ele, não necessariamente deve aumentar o número de passageiros que têm sua bagagem revistada (a média informada pela Receita é de 130 por voo).

    "Isso depende do voo, que pode estar lotado, mas trazendo apenas passageiros de baixo risco", afirma.

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