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    Airbnb é acusado de administração ilegal de imóveis em Nova York

    DA EFE
    DE SÃO PAULO

    17/10/2014 13h48

    A maioria dos aluguéis administrados pelo popular site Airbnb na cidade de Nova York são ilegais, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira (16) pelo procurador-geral do Estado, Eric Schneiderman, que anunciou uma nova iniciativa para garantir o cumprimento da lei.

    De acordo com Schneiderman, até 72% das transações realizadas em Nova York por meio da página nos últimos quatro anos, gerando mais de US$ 300 milhões, burlaram alguma legislação, desde as leis de habitação até as que combatem hotéis ilegais.

    A investigação da procuradoria foi realizada com base em dados concedidos pela própria empresa, que aceitou a colaborar diante da pressão das autoridades.

    Schneiderman aponta especificamente os donos de imóveis que utilizam o Airbnb de forma comercial obtendo uma margem de lucro desproporcionalmente alta.

    De acordo com o procurador, em Nova York mais de cem usuários controlam mais de dez apartamentos diferentes no Airbnb e recebem retornos milionários com os aluguéis por temporada. O caso extremo é o de um usuário que arrecadou mais de US$ 6,8 milhões em menos de cinco anos desta forma.

    Além disso, Nova York quer combater as hospedarias ilegais que operam através da web, alugando quartos de um mesmo apartamento para várias pessoas desconhecidas entre si.

    O modelo do Airbnb se baseia na possibilidade de proprietários sem licença comercial alugarem seus imóveis ou partes deles para turistas.

    A empresa alcançou muito sucesso em Nova York se aproveitando dos altos preços cobrados pelos hotéis da cidade e também através da intensa campanha de marketing desenvolvida nos últimos meses.

    O Airbnb afirma que não se deve negar aos nova-iorquinos a oportunidade de dividir as suas casas, pagar suas contas e ficar na cidade em que ama.

    Segundo o site, as conclusões do relatório são baseadas em informações incompletas e desatualizadas. "Por exemplo, o relatório não contabiliza os mais de 2.000 anúncios que já foram removidos do nosso site em Nova York. Além disso, cada casa da cidade está sujeita a diversas regras, então é impossível fazer afirmações genéricas", diz o Airbnb, em nota.

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