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    Conheça quatro ilhas nos mares europeus para escapar do agito urbano

    ANTONELLA KANN
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    27/11/2014 02h00

    Facilmente acessíveis de carro ou barco, ilhas como a de Elba, na Itália, e a de Rè, na França, são destinos para uma escapada em viagens para cidades lotadas de turistas.

    O viajante pode conhecer o que o francês chama de "dépaysement" –sem tradução literal em português, é como ser transportado para outro país. Só que, nos destinos listados nesta página, não é preciso pegar avião ou lidar com o fuso horário.

    TEXEL (Holanda)

    A travessia é tão rápida que mal você embarca no ferryboat e já está aportando na ilha, no mar do Norte. E então você pode dar início ao programa com um passeio pelo vilarejo Den Burg. Faça paradas para bebericar uma cerveja, observar o vaivém dos pedestres e bisbilhotar lojinhas de produtos locais, como os de pele de ovelha. Em seguida, visite Cocksdorp para almoçar ao ar livre. Vá de uma vila à outra e repare como é fácil se adaptar ao compasso desta ilha, onde pressa é uma palavra que se desgarra do vocabulário local. Aliás, nem inglês se fala por lá. Parece um mundo à parte, perto de Amsterdã mas sem vestígio de estresse. Diante do cenário rural, decorado com pastagens verdes salpicadas por ovelhas, é fácil revitalizar a mente. E o corpo também, seja praticando kitesurfe, jogando bola na praia ou pedalando pelas estradinhas bucólicas que se entrelaçam por toda a ilha.

    Editoria de arte/Folhapress

    Como chegar de Amsterdã, seguir pela estrada A7 até Den Helder; lá, pegar o barco para Texel; as saídas são a cada meia hora, entre 6h30 e 21h30 e dura 20 minutos; ida e volta custam a partir de € 2,50 (R$ 7,85) para pedestres e € 25 (R$ 79) para carro
    Mais texel.net

    ILHA DE ELBA (Itália)

    O turista pode chegar por Portoferraio, cidade da ilha banhada pelo mar Tirreno, a terceira maior da Itália. Napoleão morou por quase um ano lá. A cidade, fortificada, ainda guarda vestígios arquitetônicos daquela época. Porém, a principal atração da maior ilha do arquipélago toscano gira em torno de sua natureza verde, de suas praias e de seus vilarejos. Alguns, como Marciana e Poggio, ficam encravados na montanha, enquanto outros, como Marciana Marina, beiram as águas do Tirreno. Um programa agradável é explorar a ilha de carro ou motocicleta, ziguezagueando pelas estradinhas sinuosas. A melhor dica é ir parando, fazendo as suas próprias descobertas, inclusive as gastronômicas: cogumelos e frutos do mar fazem parte da maioria dos cardápios. De sobremesa, vá a uma "gelateria". Aliada à paisagem bucólica, em qualquer cidadezinha você ainda se distrai nas lojas dos produtos típicos, guloseimas e artesanato. E quanto aos passeios de barco, esportes náuticos e o banho de sol? Deixe para as horas vagas.

    Como chegar de Pisa, vá pela E80 e pela SS398 a Piombino; no porto, pegue o ferry, que parte a cada 20 minutos; um trecho custa a partir de € 6,43 (R$ 20) para pedestre e € 23,21 (R$ 73) para carro
    Mais infoelba.it

    ILHA DE WIGHT (Inglaterra)

    Pode até ser que a rainha Vitória gostasse, no século 19, de se banhar nas águas britanicamente gélidas que cercam a ilha –ela tinha uma casa em East Cowes, em Wight, hoje aberta ao público. E, pode acreditar, há muita gente que não se intimida em mergulhar por ali. Mas, se a sua praia também é caminhar, há 805 km de trilhas demarcadas –a mais cênica (e ousada) é Coastal Path, alinhavada ao longo de precipícios. As falésias se debruçam sobre o mar no Canal da Mancha. Brancas,enaltecem o contraste entre as cores verde dos campos e colinas e azul das águas. Olhando para um lado, só se vê a linha do horizonte. Para o outro, as colinas que e os rebanhos ao longe. Quem não quer encarar o itinerário a pé pode fazê-lo de carro, e ser brindado com as mesmas sensações, basta escolher a Military Road para começar a circundar Wight de oeste a leste. É só seguir o fluxo dos outros visitantes após desembarcar na minúscula vila medieval de Yarmouth, onde uma marina abriga iates e veleiros. Siga a sua intuição, mas não deixe de fazer paradas na baía de Freshwater, na parte antiga de Shanklin e nos vilarejos de Cowes e East Cowes, interligados por uma linha de ferryboat com sistema de correntes que data de 1859, logo após a Revolução Industrial. E, curioso: como tudo é muito perto, raras são as placas que indicam a distância.

    Como chegar o porto de Lymington, de onde sai o ferryboat para Wight, fica a 150 km de Londres (pegue a M3 para chegar); há saídas de hora em hora entre 5h30 e 22h30; carro custa a partir de R 48 (R$ 190); pedestre, de R 13,80 (R$ 55)
    Mais visitisleofwight.co.uk

    ILHA DE RÉ (França)

    Nem a ponte interligada ao continente conseguiu atiçar os holofotes para este balneário emoldurado pelas águas do oceano Atlântico. Ainda bem, porque assim a ilha preserva uma aura de exclusividade que faz com que você se delicie em praias semidesertas, curta o estilo de vida pacato das pequenas comunidades e ainda desfrute da gastronomia regional. Evite dirigir; a ilha merece ser explorada de bicicleta ou a pé. No lado norte, vale contemplar o cenário tranquilo de Ars-en-Ré, e perambular pelas ruelas estreitas desse vilarejo laureado como um dos mais belos da França. No sul, badalar nas imediações do porto de Saint Martin-de- Ré, reduto cravejado de butiques, galerias e restaurantes.

    Como chegar de Paris a La Rochelle são 492 km; mais 3 km por uma ponte e chega-se à ilha
    Mais iledere.fr

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