• Turismo

    Tuesday, 30-Apr-2024 15:55:56 -03

    Na estrada: Folha sai de São Paulo e vai até Salvador em viagem de carro

    FELIPE SOUZA
    ENVIADO ESPECIAL À BAHIA

    05/02/2015 02h00

    O silêncio na estrada de terra é subitamente quebrado pelo mugido de quase 50 vacas no meio da via. É preciso sair do carro e bater palmas para que abram passagem.

    A estrada quase não tem sinalização, exceto algumas placas artesanais. Abastecer? Ao longo de 30 quilômetros, a única opção é recorrer a moradores que vendem gasolina à beira da estrada.

    Em um roteiro de 24 dias (e 4.500 km) de São Paulo à Bahia, que atravessou cinco Estados, podem surgir episódios inesperados como esses.

    A viagem começou dois meses antes, com a escolha das cidades, a reserva de hotéis e a revisão do carro.

    Roteiros assim, estilo "road trip", não têm o conforto de um pacote tradicional vendido por agências, mas personalizar os trajetos, sem seguir o caminho óbvio, pode transformar o conforto menor em prazer maior.

    Permite que em um dia você faça stand-up paddle em Itacaré, no litoral sul da Bahia. No outro, nade em uma cachoeira em Ituberá (BA) e, 135 km depois, aproveite piscinas naturais em Morro de São Paulo. Mais dois dias e as igrejas do Pelourinho, em Salvador, estão à sua frente.

    O melhor: permite tudo isso a preços razoáveis. Um pacote aéreo de São Paulo a Salvador ida e volta, com dez dias de hospedagem, por exemplo, custa cerca de R$ 2.400, por pessoa.

    Para esta reportagem, foram gastos R$ 3.700, incluindo pedágios, gasolina, diárias e refeições –para uma pessoa e para mais que o dobro do tempo.

    Mas o que levar? Como escolher os destinos? Quais cuidados são essenciais?

    Na bagagem –foram duas malas grandes e quatro menores para um casal–, um dos principais itens são mapas (em papel). Se o itinerário for basicamente pelo litoral, roupas são poucas. Mas exagere na quantidade de protetor solar.

    O ideal é estipular uma quantidade de quilômetros máxima a ser percorrida por dia e não querer parar em todas as praias bonitas por que passar –são incontáveis.

    Também é "essencial levar dinheiro em espécie para urgências, como pneu furado, porque muitos locais não têm sequer uma máquina para cartão", diz Emerson Pereira Escossas, 30, que faz viagens do tipo há mais de dez anos.

    *

    Editoria de Arte/Folhapress

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024