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    Las Vegas, antiga meca dos cassinos, se reinventa e vive boom de sofisticação

    SILVIO CIOFFI
    ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS (EUA)

    22/03/2015 02h00

    Festeira, repleta de cassinos e exibindo uma centena de shows todas as noites, Las Vegas, no Estado de Nevada, está completando 110 anos. Tem 2 milhões de habitantes, mas recebe 40 milhões de turistas anualmente –desses, 5 milhões são estrangeiros.

    Sua primeira rua, a legendária Freemont Street, aberta em 1905, foi originalmente o endereço de velhos "saloons", dos shows de dançarinas, dos bufês de comida farta e dos hotéis de caubóis numa área do deserto de Mojave, no Estado de Nevada, onde havia um providencial olho d´água.

    Freemont Street foi pavimentada em 1925 e só depois de 1931, quando o jogo foi legalizado, encontrou sua vocação propriamente turística. Revitalizada e transformada num calçadão coberto livre de carros em 1995, essa rua ganhou uma cobertura de 24 m que, com 12,5 milhões de luzes, exibe um show chamado Freemont Street Experience.

    A região de Freemont Street também resgata e conserva néons históricos e recém viu abrir, no antigo edifício da polícia, um museu que conta a história da Máfia norte-americana.

    "THE STRIP"

    Mas a verdade é que há muito que Freemont Street não faz parte da Las Vegas contemporânea.

    Nas décadas de 1950 e 1960, a cidade literalmente mudou de endereço expandindo suas atividades para o entorno de uma avenida então nova, a avenida Strip.

    Lá foram construídos grandes e luxuosos hotéis –e a cidade dos cassinos e dos casamentos instantâneos, agora em nova roupagem urbana, mudou de ares e se sofisticou.

    O velho slogan "What happens in Vegas, stays in Vegas" (o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas) não foi de todo deixado de lado, mas o fato é que a cidade, mais sofisticada e deliciosamente espalhafatosa, é hoje um lugar para quem quer se divertir, comer bem, ver e ser visto.

    Por detrás da origem primeira dessa nova Las Vegas de megaresorts temáticos, bilionários excêntricos, como Howard Hughes, e mafiosos idem, como "Bugsy" Siegel, investiram em alguns dos maiores empreendimentos imobiliários dos EUA.

    No século 21, uma nova onda de progresso, a do "boom of rooms" (explosão de quartos de hotel, que hoje são mais de 150 mil) repaginou a avenida Strip e transformou seus megahotéis em resorts temáticos.
    Não que os cassinos tivessem perdido a importância, mas, ao lado deles, surgiram lojas de marca e butiques, uma enorme variedade de bistrôs e restaurantes estrelados, além de atrações alternativas à jogatina para público que vai à cidade para participar de convenções, por exemplo.

    Hoje, Las Vegas investe em shows de grupos como Cirque du Soleil, Blue Men e La Rêve. Na lista dos seus megahotéis, que tradicionalmente têm tarifas mais módicas que qualquer outra cidade dos EUA, estão o The Cosmopolitan, com seu lobby multimídia e restaurantes como o Wicked Spoon, onde o breakfast é infinito e refinado; o Wynn, com seu grande teatro; o Bellagio, com sua sofisticada galeria de arte e cardápios bem americanos oferecidas no Chef´s Table; o The Venetian, resort que recria Veneza e abriga uma rua interna de comércio com 60 butiques; o Paris, que ostenta réplicas imensas do Arco do Triunfo e da torre Eiffel, além de uma área coberta com diversos bares e bistrôs; o Delano, endereço do imenso e pantagruélico bufê Della's Kitchen, onde as lagostas disputam espaço com cardápios vegetarianos e orgânicos. E há diversos outros como os novos Trump International e Encore Wynn, o repaginado Caesar Palace etc.

    E, depois de um dia cheio ou antes de uma refeição pantagruélica num desses megahotéis, agendar uma massagem no Sahra Spa & Hammam, que funciona dentre o hotel Cosmopolitan, no 14º andar da torre West End é sempre uma extravagância que certamente vale a pena.

    O jornalista viajou a convite da Brand USA, organização de fomento ao turismo dos EUA

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