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    Apesar do frio, São Francisco do Sul leva visitantes para o mar

    BRUNO MOLINERO
    ENVIADO ESPECIAL A SÃO FRANCISCO DO SUL (SC)

    02/07/2015 02h00

    O vento gelado que sopra do mar cria uma cena pitoresca: perfilado no porto, um grupo de dez turistas com cachecóis e luvas de lã observa barcos de pescadores sumindo no horizonte cinzento.

    Longe dos clichês de turismo de inverno no Brasil, que geralmente envolvem fondues e lareiras em um chalé aquecido, São Francisco do Sul (SC) acolhe cada vez mais pessoas dispostas a enfrentar temperaturas inferiores a 10ºC e bater o queixo ao ar livre.

    A cidade, acostumada a ser um dos destinos turísticos favoritos do litoral norte catarinense no verão, vê seu movimento aumentar também no inverno graças ao Festival de Dança de Joinville, que acontece neste ano entre 22 de julho e 1º de agosto. A distância de 45 km entre os dois municípios incentiva os espectadores do evento a fazerem um bate-volta em São Chico.

    Para chegar, as opções são ir de carro, ônibus (Catarinense; ida por R$ 11,93) ou barco (Marinebus; R$ 12 o trecho).

    O ideal é começar o passeio logo cedo pelo centro histórico, com 400 casas coloridas tombadas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1987, e tomar um café em um dos restaurantes com vista para a baía de Babitonga –não se assuste se parecer que você foi teletransportado para Paraty (RJ); as cidades são realmente muito parecidas.

    Principalmente quando o assunto é a igreja matriz Nossa Senhora da Graça. Com as primeiras paredes levantadas no século 17 e um pátio frontal transformado em campinho de futebol pelos meninos da cidade, ela tem arquitetura semelhante às construções da "prima" fluminense.

    Se der tempo, o mercado municipal também vale uma batida de perna. Inaugurado em 1900, ele é hoje um pequeno centro gastronômico que abriga peixarias, lojas de artesanato, mercearias e restaurantes com mesinhas do lado de fora. Outra opção para o horário é a menina dos olhos da cidade: o passeio de barco pelas ilhas da baía.

    Diariamente, às 10h30, uma embarcação fantasiada de corsário pirata visita 14 ilhas da região e faz parada para observação de golfinhos. O passeio dura quase três horas e custa R$ 30. É preciso, porém, estar preparado para enfrentar um trajeto inteiro com clássicos da música brasileira contemporânea no último volume –elas vão de "Show das Poderosas", de Anitta, a "Beijinho no Ombro", de Valesca Popozuda.

    Para quebrar o clima, reserve a tarde para o Museu do Mar. O lugar abriga a história da navegação brasileira em 10 mil m², com barcos usados em diversas regiões do país, informações sobre pesca e caça de baleias e até uma sala dedicada às jornadas do navegador Amyr Klink.

    Valem os R$ 5 da entrada –até porque será uma das únicas oportunidades do dia para dispensar a blusa de frio.

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