Autoridades chinesas planejam lançar uma segunda rota de cruzeiros para as disputadas ilhas Paracel, no mar do Sul da China, informou, no começo desta semana, a agência estatal. Os planos podem irritar o Vietnã, que também reivindica as ilhotas.

A China começou com cruzeiros experimentais à região, chamados de Coconut Princess, em 2013, a partir da província de Hainan, ao sul do país. Mais de 10 mil turistas já fizeram a viagem, segundo o "China Daily".

As autoridades esperam que um segundo navio entre em operação até o final do ano, e que mais ilhas possam receber turistas. Entre elas, as ilhas Woody, onde o governo chinês estabeleceu a administração do arquipélago de Paracel.

No entanto, o clima e a pouca estrutura podem prejudicar os esforços em prol do turismo. As ilhas Paracel são costumeiramente atingidas por tufões e fortes ventos, segundo a publicação.

"Precisamos levar em conta a capacidade das ilhotas de receber turistas. Navios de cruzeiro não podem atracar em algumas delas, e os turistas teriam que ser levados à costa em barcos menores", disse Xie Zanliang, chefe de uma empresa governamental de turismo que promove viagens às Paracel, ao jornal.

No ano passado, a instalação de estruturas chinesas de exploração de petróleo dispararam protestos do Vietnã e manifestantes contrários à China. Taiwan também tem interesse sobre as ilhas.

A China reivindica 90% do mar do Sul da China, potencialmente rico em fontes energéticas. Brunei, Malásia, Filipinas, Vietnã e Taiwan também alegam terem direitos a partes do mar, pelo qual passam US$ 5 trilhões em negócios por ano.

O Vietnã disse, no mês passado, que iria patrocinar suas próprias linhas de cruzeiro ao arquipélago de Spratly, ao sul das ilhas Paracel, o que irritou a China.