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    Exposição no Jardim Botânico de Nova York reúne pinturas de Frida Kahlo

    RODOLFO LUCENA
    DE NOVA YORK

    03/09/2015 02h00

    O Bronx é o demo –ou, pelo menos, assim o distrito do extremo norte de Nova York vem sendo pintado em romances, filmes policiais e séries televisivas.

    De fato, as estatísticas da polícia nova-iorquina indicam que a violência atinge a região com vigor. Até o início de agosto, o número de assassinatos havia crescido 8,2% em relação a 2014, e o registro de estupros –para ficar apenas nos crimes mais violentos– aumentou 13,4%.

    Isso não significa que o turista deva banir o Bronx de seus locais de visitação –ainda mais se o viajante tiver partido de São Paulo, onde no ano passado houve cerca de oito vezes mais homicídios do que em Nova York.

    Ao contrário, a fama de violência do Bronx faz destacar ainda mais algumas de suas atrações pacíficas, superagradáveis e de fácil acesso. Uma das mais legais é o Jardim Botânico, que atualmente abriga uma exposição sensacional de trabalhos da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954). A mostra segue no local até 1º de novembro.

    No pavilhão principal, expõe desenhos e pinturas em que ela derrama seu gosto pela natureza.

    Ainda que mais conhecida pelos autorretratos, Kahlo dedicou parte de sua arte à construção de imagens de plantas e frutas –tudo com a multitude de cores e os contrastes que caracterizam seu trabalho.

    O colorido está presente no melhor da mostra oferecida pelo Jardim Botânico: uma reprodução –reconstrução, revisão, reinvenção– da Casa Azul, onde Kahlo viveu e trabalhou durante anos na Cidade do México.

    Com seu marido, o muralista revolucionário Diego Rivera, Kahlo construiu um jardim poderoso, repleto de plantas exuberantes. Cores fortes estão nas paredes dos vários ambientes montados para abrigar flores as mais diversas e folhagens que se derramam para o público.

    Um ponto especialmente atraente é a reprodução da mesa de trabalho da artista. Dá vontade de agarrar potes de tinta, tomar pinceis nas mãos; é preciso resistir bravamente ao desejo de fazer uma selfie sentado na escrivaninha severa, tão contrastante com o estilo de Kahlo.

    Os trajetos entre o pavilhão principal e a Casa Azul é perfeitamente caminhável, mas há também um trenzinho gratuito que faz um percurso pelos principais pontos do parque.

    O Jardim Botânico montou uma espécie de ecossistema em torno da exposição dedicada a Frida Kahlo –as lanchonetes oferecem cardápio mexicanizado, há "recuerdos" na lojinha do parque e programações especiais incluem tardes de música mexicana.

    EXPOSIÇÃO FRIDA KAHLO: ART, GARDEN, LIFE
    ONDE Jardim Botânico, 2900 Southern Blvd., Bronx, Nova York
    QUANDO até 1º de novembro; de ter. a dom., das 10h às 18h (horário de funcionamento do Jardim Botânico)
    QUANTO US$ 20 (R$ 74,61) (ingresso para entrar no Jardim Botânico)

    *

    SÃO PAULO TERÁ MOSTRA DE OBRAS DA MEXICANA

    A exposição "Frida Kahlo "" Conexões entre Mulheres surrealistas no México" será exibida em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, entre 27 de setembro e 10 de janeiro de 2016.

    A mostra terá cerca de cem obras, incluindo mais de 20 de Kahlo, além de peças de outras artistas nascidas ou radicadas no México, como María Izquierdo e Remedios Varo.

    Serão duas sessões por dia. A primeira das 11h às 15h30 (entrada até 15h), e a segunda, das 16 às 20h (entrada até 19h). Os ingressos custam R$ 10 e podem ser comprados pela internet (ingresse.com) ou diretamente na bilheteria.

    A exposição deve visitar outras cidades brasileiras.

    EXPOSIÇÃO FRIDA KAHLO
    ONDE São Paulo (Instituto Tomie Ohtake, Rua Coropés, 88)
    QUANDO de 27/9 a 10/1
    QUANTO R$ 10

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