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    Com mais conforto e app de reservas, táxis de NY contra-atacam Uber

    DA AFP

    04/09/2015 02h00

    Nissan-3.mai.2011/Associated Press
    Foto mostra o Nissan NV200, escolhido por Nova York para ser o carro-padrão do serviço de táxis
    Foto mostra o Nissan NV200, escolhido por Nova York para ser o carro-padrão do serviço de táxis

    Os taxistas de Nova York, que, como os de outras metrópoles, se veem em apuros por causa do serviço de carros compartilhados Uber, começaram o contra-ataque: agora oferecem veículos mais cômodos e um aplicativo para reservas.

    Nesta semana, a espaçosa minivan NV200 da Nissan oficialmente se tornou o modelo de referência que todas as companhias deverão comprar à medida que renovem sua frota.

    Esteticamente, um carro nem remotamente parecido com o emblemático veículo imortalizado por Martin Scorsese no filme "Taxi Driver". Mas tem vantagens como controle individual de ar-condicionado, espaço para quatro pessoas na parte traseira, carregadores de celular e teto solar.

    Para o senhor Chang, um motorista de Hong Kong de 58 anos, o modelo parece "mais cômodo que o Coroa Victoria", modelo de base atual construído pela Ford. "Mas ainda não houve muitas respostas dos clientes", conta ele.

    Cerca de 800 minivans NV200 amarelas já percorrem as ruas de Nova York, segundo Josh Clifton, do departamento de comunicação da montadora na América do Norte.

    "Em média, os proprietários de táxis em Nova York compram ou substituem cerca de 2.600 veículos por ano", explica. Portanto, daqui a cinco anos a maioria dos 13 mil táxis amarelos da cidade já serão NV200.

    Ao impor este modelo (exceto quando se compra um carro de motor híbrido), as autoridades locais buscaram revitalizar o serviço oferecido pelos taxistas tradicionais, que estão sendo desafiados pela erupção do Uber no mercado.

    Depois de uma queda de braço com a empresa californiana, o prefeito de Nova York suspendeu, no final de julho, um projeto que buscava impor limite ao crescimento da frota do Uber.

    O Uber é um aplicativo que conecta motoristas de veículos de alto padrão a passageiros e exige o registro do condutor e do passageiro. A tarifa costuma ser menor que as dos táxis tradicionais, que, como defesa, reclamam da ausência de regulamentação desse novo sistema.

    "Os negócios não vão tão bem", constata Chang. "Antes, era possível fazer três ou quatro viagens por semana ao aeroporto. Agora, vamos uma vez a cada duas semanas."

    RESERVAS

    A outra frente de contra-ataque do exército amarelo é um aplicativo para smartphones que se chama Arro e foi lançado oficialmente nesta semana. A reserva de táxis era um serviço que quase não existia em Nova York, onde só se consegue um carro chamando na rua.

    Agora o Arro propõe um sistema de pedidos similar ao do Uber, por meio da geolocalização. O usuário vê em seu telefone onde estão os táxis mais próximos e obtém o tempo estimado para o carro chegar –como são aplicativos brasileiros, como 99Taxi e Easy Taxi.

    Diferentemente do Uber, o preço da corrida não se decide de antemão.

    O Arro se associou com a empresa especializada em tecnologia para táxis Creative Mobile Technologie (CMT), que já equipou 7.000 carros em Nova York, afim de popularizar rapidamente o aplicativo.

    Por enquanto, Arro não aufere registros de passageiros e não definiu qual será seu modelo econômico, explicou seu porta-voz, Michael Woloz, segundo quem a empresa busca "sobretudo ganhar clientes".

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