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    Apesar da recessão, rede Marriott vai triplicar número de hotéis no Brasil

    DA REUTERS

    07/10/2015 10h00

    A rede de hotéis norte-americana Marriott International planeja quase triplicar o número de unidades que opera no Brasil, apostando que o país irá se recuperar relativamente rápido de sua maior recessão econômica em 25 anos.

    A companhia vai investir R$ 400 milhões no Brasil até 2018, com parte do valor indo para estabelecer três novas marcas visando sobretudo os viajantes locais, disse nesta terça-feira (6) Tim Sheldon, presidente da Marriott para América Latina e o Caribe.

    De acordo com o plano, a empresa vai construir mais 11 hotéis no Brasil, além dos seis que já possui. Investidores brasileiros serão parceiros nos projetos, colocando aproximadamente mais R$ 300 milhões.

    A estratégia no Brasil é similar à que a empresa já implantou em outros importantes mercados emergentes, como o México, segundo o executivo.

    AC by Marriott, Fairfield e Residence Inn são as três novas bandeiras que a companhia dona do hotel Renaissance está trazendo para o Brasil, elevando o total de marcas a nove.

    "Nós fizemos uma extensa pesquisa de mercado no Brasil, para entender quais eram as oportunidades. Por isso você nos verá construindo hotéis de quatro e três estrelas", afirmou Sheldon, acrescentando que a situação econômica do Brasil não alterou o planejamento da companhia.

    "Nós pensamos no longo prazo", disse, acrescentando que a desvalorização do real também deverá elevar o turismo doméstico.

    A economia brasileira deverá registrar contrações nesse ano e no próximo, a primeira vez desde a década de 1930 em que o país terá dois anos seguidos de queda.

    Segundo Sheldon, a rede hoteleira vai focar em um grupo de 16 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes cada uma, todas com aeroportos internacionais com voos diretos para a Europa ou os Estados Unidos.

    A companhia norte-americana está construindo quatro hotéis no Rio de Janeiro, todos com previsão de inauguração até as Olimpíadas. "É melhor que estejam prontos, porque já estão todos lotados para os Jogos", afirmou o executivo.

    Também serão levantados cinco hotéis no Sul do Brasil (dois em Curitiba, dois em Florianópolis e um em Porto Alegre), além de outras duas unidades em Recife.

    Apesar do foco em hotéis para a classe média alta brasileira, e o turismo doméstico, a companhia não descarta trazer uma marca de alto luxo para o Brasil no futuro e diz ter potenciais sócios interessados em participar da implementação ou de um Ritz Carlton ou de um Bulgari, ambas marcas do Marriott, em São Paulo.

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